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quinta-feira, 12 de abril de 2012

POEMA – Alto de Alerta ao Alto

Hoje bem mais próximo do firmamento


Pelas cumeadas das urgueiras e tojos


Na bordadura da Serra do Carvalho


Nos Terreiros de Além. A, meu tempo.


E nos Terreiros de Santo António. Ao sol.


Não temi o vento nem os seus arrojos


Trilhei um fôlego em mim de orvalho


Afastando-me de uns afogos e despojos.


Fiquei atónito, pobre e um tanto amole.


Em fronte da porta da Capela orei.


E ao ar de tanto o alentar corei…


Que espírito enorme desfruiu e vivi…


Que me confundi com o pólen do mel


E qualquer letra perdida num papel.



Pensei ser dono do mundo. Apeteceu-me clamar. Alar da “li”.


Mas vi que o mundo… é mais do João Rodrigo e da Margarida.


Dois “infantes” do reino da Aldeia mor. São a sua alma colibri.


Eu confundo-me com o pó da passagem. Numa álea já perdida.


ALBERTO DE CANAVEZES