Existe um galopar inevitável para que as
coisas ganhem a sua silhueta natural. Sem magrezas nem obesidades mórbidas. Os olhos
que se fechavam a tudo começam-se a abrir sem pestanejar muito. E agora?
- Agora – diz o adágio popular – mija-se
na mão e deita-se fora!
Mas não é assim tão fácil, como parece.
Assistimos a uma tibieza de pensamento e
a alguma agilidade de cintura. Começa-se a ouvir a desculpa esfarrapada e o
baloiçar o corpo para fugirem ao dedo apontado da crítica… Foram anos e anos de
assobiarem para o ar, como se nada fosse, como nada se passasse. Quem ousava
divergir do carril, era apelidado de todos os epítetos e mais sermões
depreciativos. Fez-se a descredibilização de caracteres, a desautorização
social e a perseguição atroz a quem ousava denunciar o consomar desta triste e lamentável
realidade que hoje assistimos e vivemos.
O "grande líder" circundou-se da quinta
divisão da terra de ninguém para reinar. Indivíduos que em circunstâncias
algumas e outras nenhumas teriam protagonismo foram catalogados para a ribalta
social e politica cá da paróquia. E esses tantos, não fiquem ofendidos como
galdérias desvirguladas porque assim o é, e assim o foi, que não tardará nada a
regressarem ao capoeiro do anonimato. Porque vão abandonar o porão do barco,
como ratos. Existem raras excepções – como tudo na vida – mas o reparo da
colheita – o descalabro financeiro, social e politico - encontra-se no mesmo
saco de responsabilidades.
Com o longo dos anos muitas pessoas
foram apedas, outras saíram, aqueloutras consentidas e umas tantas colocadas em
banho-maria, para o que, desse e viesse.
E foi este banho-maria que suicidou o
"grande líder". A reserva das tropas faltaram há chamada.
Um líder com categoria ultrapassa a sua
obra, a sua presença, a sua mortalidade e cria uma aura de sebastianismo. Este que
caiu de morta bem matada e morrida, envenenou-se no seu próprio “charme” de
veneno.
Um líder com liderança efectiva saberia
escolher os melhores entre os melhores para consolidar o seu pensamento, a sua
postura, a sua obra, a sua proficiência e o rosário da sua caminhada.
A promiscuidade foi tanta em que o “grande
líder” se meteu e chafurdou que aqueles a quem deu protagonismos irão ser o seu
próprio coveiro.
- Vejamos as Instituições Regimentais
(do anterior regime):
A Rádio Santo André vai a caminho da
redenção, o Restaurante Confrade expirou de lazeira… (embora ainda reclame prestações
de serviços depois disso…) e a Associação de Desenvolvimento Integrado de
Poiares vai a passos largos para a expiação. Como a fonte secou – Município, (dinheiro
dos nossos impostos) - esta já pede dinheiros - das mensalidades - adiantados
aos seus utentes… invocando a crise. Lérias e aldrabices. Se ela própria nasceu
para ajudar os mais necessitados. (!?) Conversa e hipocrisia pura. Ela nasceu
para derrubar a Irmandade Nossa Senhora das Necessidades… (O único sitio que
tal figurante não podia meter as mãos. Por razões que violam os seus próprios estatutos…).
A Confraria da Chanfana foi uma feira de
vaidades e uma palhaçada para impingir a turista uma realidade que não
cultivamos e não somos. Fez-se á sua custa muita amizade de circunstância e de
bom jeito… É necessária para defender a nossa gastronomia, mas noutros parâmetros
e competências.
… … …
(… A, seu devido tempo voltarei a falar
nas “Instituições Regimentais do grande líder” e os seus conduzas.). Verdadeiros
matraquilhos políticos.
A divida do Município é de uma dimensão
impressionante. Meia centena de razões para considerar e adicionar o aval dado “às-cegas”
“há” ADIP.
Sócios estão na altura de pedir ao
Conselho Fiscal de algumas “Instituições Regimentais” os relatórios financeiros.
Ou não!? Vocês é que sabem!
Mas assinar de cruz nesta altura do campeonato
é aborrecido e não há para-quedas ou almofadas de conforto que aparem “a coisa
do atino e a cousa do desatino”. O “grande líder” anda por aí, só. E isso já não
chega.
Eu sou muito asnático… mas dizem os sábios,
que o descuido pode ser a morte do artista! Agora resta saber de qual!?
… … …