Todas
as comunidades possuem as suas referências, veneram-nas e respeitam-nas. Desde
as confissões de fé, clubes desportivos, partidos políticos e colectividades
recreativas e culturais… nunca as deixam morrer no esquecimento tornando-as referências
imortais.
O
que se passou nas Lavegadas perpetuado pelo Executivo da Freguesia sobre a toponímia
é um embuste, um delito de identidade, uma mesquinhez cultural, uma camuflada brincadeira
de carnaval de muito mau gosto, uma hipocrisia saloia, uma leviandade primata,
um rebusco que identifica “três, quatro pessoas sondadas”, um negligenciar
regras e condutas previamente estabelecidas e um omitir de compromissos. Implode
de inveja e de intrigas de exiguidade.
Por
razões obvias eu tenho em minha posse os mapas que tem as propostas de topónimos
das Lavegadas aprovados pelas pessoas que realizaram essa reunião. E o nome do
Dr. Antonino Henriques consta lá numa rua que ao libre arbítrio – do Executivo
das Lavegadas - agora se chama Rua
Principal. O espaço de pesquisa para dar conhecimento às povoações ficou
reduzido a umas abordagens informais e sem critério.
Informo
que no meu tempo de Presidente das Lavegadas o Dr. Antonino Henriques mais dois
ilustres cidadãos foram homenageados tendo sido exarado um livro de actas oficial
com o curriculum de cada um. Tanto que os outros insignes cidadãos fazem parte
da toponímia da Freguesia. Assim como posteriormente foram homenageados da
mesma forma três campeões nacionais e internacionais e medalhados nos jogos Paraolímpicos.
Sem falar na homenagem á Dona Celeste…
O
Dr. Antonino Henriques que no Jornal “O POAIARENSE” tinha uma rúbrica que se
chamava “As Nossas Aldeias” na qual nos deixou enormes pistas para podermos fazer
uma toponímia digna da nossa história…
No
“O Poiarense” nº 87 datado de 92/02/19, em toda a primeira página lê-se: “Morreu
o Dr. Antonino Henriques. Baluarte das Letras e da Cultura. Poiares perdeu um
dos seus filhos mais ilustres. “O Poiarense”
presta a última homenagem ao Homem inteligente, ao Homem bom e ao seu grande
mentor, agradecendo-lhe respeitosa e emocionadamente o legado que deixou ao
nosso concelho. Deixamos aos nossos leitores e amigos parte da última e
magnifica intervenção do Dr. Antonino Henriques, aquando das comemorações do Feriado
municipal de 13 de janeiro ultimo.”
Para
não ser fastidioso poderia enumerar inúmeros outros testemunhos que possuo no meu
basto arquivo, mas não vale a pena… Pois sobre a “tese” do Dr. Antonino Henriques
estamos sobre um escândalo que se sustenta num pelotão de responsáveis após a última
reunião da Assembleia Municipal realizada na linda Aldeia da Moura Morta. Foi
ostracizado pela esmagadora maioria dos agentes políticos do Município e eleitos da Assembleia
Municipal – sem falar do desastrado mentor deste homicídio histórico. Nada
fizeram ou prepararam para corrigir e validar tal omissão, tornando-a real na nossa
toponímia. A inércia imperou e ao bom estilo de outrora “já não há remédio” porque
a “moléstia” que enferma isto enraizou-se no também não menos celebre. “eu
quero, mando e posso”. A única pessoa que efusivamente se pronunciou sobre o assunto, desmascarando o desleixo como tudo isto foi feito e tentou contribuir com algumas propostas para uma resolução digna foi a Dra. Carla Lima. Assim como a Dona Alzira se insurgiu contra a maneira descuidada como todo este processo se desenrolou...
É preferível para a esmagadora maioria dos eleitos cumprir prazos políticos sem critérios de imparcialidade, fundamentação, sentido de lealdade com a história e muito em particular em conformidade com a representatividade que lhes foi conferida pelo voto popular para administrarem o nosso território e zelar pelos valores da nossa identidade recreativa, cultural, cívica e histórica.
É preferível para a esmagadora maioria dos eleitos cumprir prazos políticos sem critérios de imparcialidade, fundamentação, sentido de lealdade com a história e muito em particular em conformidade com a representatividade que lhes foi conferida pelo voto popular para administrarem o nosso território e zelar pelos valores da nossa identidade recreativa, cultural, cívica e histórica.
Assim
a toponímia nas Lavegadas tornou-se numa falácia abençoada por quase todos.
Se
por causa das eleições autárquicas que se avizinham não há condições politicas
para o processo se desenrolar de forma normal, pacifica e urbana para restituir
um filho ilustre da nossa história à nossa toponímica, pura e simplesmente protelava-se
as Lavegadas para o primeiro ano da próxima legislatura e não seria vergonha nenhuma
para ninguém.
Caso
se insista em levar por diante esta intentona haverá com certeza alguém que se
insurgirá da maneira mais adequada para providenciar que se faça a mais
elementar justiça.