As
democracias não têm evoluído conforme a globalização no seu usufruto e conhecimento.
Estão a tornar-se elitistas nos princípios e prosaicas nos costumes. Não
cultivam um conceito filosófico como propositura e deixam-se cativar por concordâncias
economicistas. A esquerda é um apendículo da direita perdendo o seu lado
multilateral e respectiva funcionalidade. Arrasta-se com chavões da revolução
industrial e engraxa-se com o semblante que o outro lado já deixou passar de
moda. A direita julga-se desenfreadamente livre de preconceitos e permite um
liberalismo desenfreado que roça o antes da revolução industrial. Ou, seja
parecem miúdos mimados que tanto mamam com a chupa de um e outro sem educação e
sanidade. Assistimos aos desvaneios dos seus mais “ilustres” protagonistas que
abusando da confiança que lhes debitamos sistematicamente defraudam as nossas
expectativas e ambições sociais. Alguns ( mais que muitos) - mas menos do
grosso dos assistentes políticos que coabitam em cada agremiação politica que
só servem para ratificar as vontadinhas dos meninos mimados sem analise critica
substantiva e coerciva - ficam sempre impunes entre as virgulas, dos “ses”, os,
“mas” e as omissões das próprias leis que edificam.
A
casta política criou de uma forma manifesta e abstrusa um areópago de
interesses e conveniências que se comarcam dúbias e licenciosas porque se
tornam indecifráveis aos comuns dos eleitores. Assistimos ao zé do Norte,
tornar-se o zé do Sul e a maria oeste ficar a maria leste. Parece que interessa
ser eleito o menino mimado do sistema mesmo que isso denote uma falta de
critério representativo. Sequela disto os bastidores das coisas públicas são
mais obscuros e impenetráveis. A renovação da classe politica é mais enxabida e
feda ao azedo e bolor.
Depois
de tanta imundície fazerem, lavam as mãos como Pilatos e vangloriam-se dos
proveitos da democracia para “todos”.
…
… …
Sequência
disto aparecem os “engenhosos” da denúncia. Que ao indigitarem o dedo em riste
os nossos cinco sentidos não estranham a acusação.
Sequência
disto aparecem os “recitadores” do eco. Que ao denunciarem o fazem com um
discurso fluido, coerente e assertivo que deciframos como autêntico e
indesmentível.
…
… …
Sequência
da denúncia e do eco… fazemos o que por
instinto de sobrevivência ousamos aplicar para garantirmos a nossa comodidade.
Primeiros, nós e depois de fundados e restaurados quem vier ou aparecer no
nosso território com a mesma atitude e linguagem mental e corporal é consentido.
…
… …
E
na democracia surgem “os populistas!”. Porque será!???
As
ferramentas do seu ascendimento são: o sufrágio universal. Nada a reprovar. Frequentam o mesmo caminho que os democratas de mão cheia (!?).
(Continua)