Sinopse:
A Europa – Atlântica - após queda do Muro de Berlim e a desmembração
da União Soviética ficou num proémio bipolar de romantismo renascentista.
Cultivou substâncias alucinantes e sem separar o trigo do joio, deixou-se
intoxicar pela morte do Pacto de Varsóvia. Erma de adversários e sem pruídos de
se preocupar de dar satisfações a coscuvilheiros antagónicos, aglutinou
vizinhos que se instruíram noutras raízes sem fazerem a purga adequada e necessária.
Reparemos quantos anos demoraram alguns países a aderir à União Europeia antes da
União Soviética se desmembrar e posteriormente.
A União Europeia ganhou espaço territorial,
mas abreviou-se na essência dos seus fundamentos. Namorou e fez-se casar com pátrias
que geracionalmente os seus povos viveram em ditaduras do proletariado sem maturidade
democrática. Nestes, essa transição – interna – em nome de um Ocidente “libertino”,
provocante e excêntrico foi feita por “novos ricos” oriundos de origens incógnitas.
Noutros a entrada deveu-se ao fim do temor que nutriam por tão matulão politico
– URSS. Os quais fechados em si, precisam
agora de conviver e esbater desconfianças patológicas. Permite-se-lhes tudo…
… … …
A Europa – Atlântica –
dispersou-se e fez-se autoritária para com os povos do sul. Impôs metas, infringiu
sanções, reduziu espaço de manobra, manietou decisões em suma impingiu uma
bitola igual para governos democraticamente eleitos sem descodificar a sua
matriz edeológica, desautorizando-os e descredibilizando-os. Fosse qual fosse o
ideário politico sufragado fez parecer aos olhos da opinião publica um único caminho
um único diapasão…
… … …
O êxodo da imigração do Norte de
Africa essencialmente derivado ao conflito deixado pelos europeus – “nas suas
colónias” “aquando da definição de fronteiras com a consequente fusões de civilizações
em conluio com a passividade com que o ocidente se deu com despostas e governos
tiranos que cultivou em proveito próprio, veio arrematar a falta de critério político
da Europa e dos seus agentes políticos em particular. Protelaram a remissão da
história e a implantação do seu plano abstergente.
… … …
Esta amalgama de rastilhos –
entre mais alguns que posteriormente denunciarei – deu aso a que radicais de
esquerda e direita proliferem pelas nossas democracias. Com discursos assentes
nas circunstâncias, nos factos reais, acutilantes, incisivos e amantéticos… Observações
que por muito que nos custe temos que aferir como exactas, mas que nas quais
agregam ignições despropositadas por simpatia como bodes expiatórios. Aonde
emergem a xenofobia, o racismo e a intolerância religiosa…
(continua)