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domingo, 29 de março de 2020

Nada será igual. Mas podemos continuar a ser latinos orgulhosamente.


Nunca tive tanto orgulho em ser latino como agora.
A Itália, França, Espanha e Portugal por causa deste vírus dá ao mundo a conhecer a sua génese íntima. Somos aqueles que de uma forma serena temos dificuldade em insultar a nossa alma.  Não existimos sem conservar os anéis dos afectos. “La famiglia”. “La famille”. “La família”.  A família.
Itália pela voz do grande Luciano Pavarotti: - “Ti amo”.
França pela voz de Édith Piaf: - “Je t'aime”
Espanha pela viola de Paco de Lucía: - “Te amo”.
Para nós Portugueses sejamos latinos com muito orgulho pela voz da Diva Amália Rodrigues.
Estoicamente estamos a pagar um preço muito elevado por isso. Mas empiricamente esse é o nosso código genético social.  

Ao longo da minha vida tenho sido apelidado de lírico, poeta, filosofo – e demais quaisquer porcarias ou merdas – mas nunca abdiquei das minhas convicções. Sempre defendi que uma sociedade sem educação não tem futuro e hipoteca o seu presente e sem um chão de saúde não consegue salvaguardar os seus e subsistir ao imprevisto...

Os interesses económicos abalroaram a politica e tudo circula nesse diapasão.
Este sacana deste vírus veio colocar a nu a fragilidade do mundo actual que se sustenta numa politica egocêntrica que não passa de uma verborreia que ao estender uma das mãos para dar tem na rectaguarda a outra para retirar.
Para mim a Educação e a Saúde não podem ser questionadas. Uma sociedade civilizada não pode prescindir destes dois condimentos essências para a sua segurança cívica e conforto. Comparo estes dois estados a um quartel dos bombeiros. Existem lá mulheres e homens que não consignam por si o acidente, mas a ajuda premente para tal ocorrência. Estou-me a nas tintas se eles – profissionais de saúde -  nos tempos sem actividade estejam a jogar as cartas ou a coçar os anexos do umbigo. Eu quero e necessito de prontidão quando tiver um despiste no meu circuito da vida.

A nossa Constituição da República não passa de um livro de mentiras e utopias. Porque a nossa classe politica só a invoca quando interessa. Pois sistematicamente a deixa submeter a interesses económicos e a outros obscuros.
Hoje mais que nunca tenho a certeza absoluta que estou certo. E nessa ideia. Nesse estatuto não vou dar tréguas a meia dúzias de políticos situacionistas que se nos apresentam a sufrágio.

A nível autárquico não apoiarei quem se limita a seguir o guião partidário, do comodismo, da falta de imaginação, da falta de compromisso e que só pretende gerir em vez de resolver problemas. 
Escutarei com interesse quem demonstra que se preocupa com a educação dos seus cidadãos. Com a saúde dos seus habitantes. Bem com a identidade que nos absorve num espaço territorial. A sustentar este dicionário de intenções quero um plano estratégico de execução. Nem que isso me custe alguns ou todos os arraiais… uma obra de fachada…  ou um outro divertimento... ou outro engodo para nausear eleitorado. Pretendo nunca mais voltar a hipotecar festas de afectos ao que mais amo.
Também não posso concordar que nos coloquem numa jaula de tecnocratas a usufruir e partilhar de bens essenciais. 

A nível legislativo apoiarei quem demonstrar inequivocamente que a Educação e Saúde são um desígnio Nacional. E apresente uma reforma politica e administrativa que defenda que os impostos dos cidadãos são para implementar na garantia da sua cidadania plena.

A nível Europeu apoiarei quem me garantir que ser latino na Europa também tem espaço comum.

Para Presidente da Republica apoiarei uma Mulher com o carisma de minha Mãe. Necessitamos de amor, respeito e de um atributo muito especial, que ralhe com aqueles que nos enganam e nos fazem mal. Não que tenha perfil de ficar sempre bem…