VISITAS

quinta-feira, 26 de março de 2020

Sinopse histórica. A inversão da Rota da Seda

Quando o mundo assiste a uma proliferação de imbecis a ascender ao poder democraticamente: -  Donald Trump /USA; Boris Johnson Inglaterra; Jair Bolsonaro / Brasil; Andrés Obrador / México… … … deveremos começar a fazer psicanálise social e voltar à escola para reaprender as vogais e consoantes de uma cidadania plena. 
Quando constatamos a China a ultrapassar liberalmente em economia de mercado pura e bruta os ensinamentos de Mao Tsé-Tung. A Rússia de Josef Stalin, Leon Trótski… e que tanto absorveu dos Prussianos (Alemães) Karl Marx e Friedrich Engels a renegar o comunismo por uma faceta de solipsismo de activismo oligarca. O mundo regrediu em convicções para o bem e para o mal e cresceu em teses para o mal e para o bem.

Quando a EUROPA após o apagar das cinzas da segunda guerra mundial e consolidou a sua regeneração nunca mais conheceu lideres com o perfil de Estadista da dimensão de Winston Churchill, Charles de Gaulle, Willy Brandt, Olof Palme, Margaret Thatcher e Mikhail Gorbatchov … soçobra a líderes regionais.
Quando presenciamos a queda do muro de Berlim, o fim do Pacto de Varsóvia e consequentemente o desmoronamento da União Soviética vários países de Leste adquiriram a sua identidade e histórica.  Eclipsou-se a “cortina de ferro”.
O que num contexto de concatenação politica originou que o mundo ficasse coxo. Ficou só com a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, que para mim foi sempre mais que uma aliança militar.
O velho continente, viu crescer a União Europeia com pressa demais.  Ela aglutinou países que ainda estavam a aprender andar sozinhos. Caso daqueles que viveram sob o jugo da URSS. E nesta amalgama de nos querermos abraçar a tudo e a todos a Europa complexou-se, equivocou-se e ajoelhou-se por redenção e por sedução, perdendo os seus ascendentes culturais idiossincráticos. Neste papel de alheamento de si própria a Europa viu nascer: - casamentos políticos (em que os noivos nunca namoraram, sequer se beijavam, ou em serões de mais entusiamo, acasalaram); absolutismos económicos, impulsos regionais; movimentos xenófobos; cerimónias racistas, êxodos descontextualizados e a Inglaterra a voltar de regresso ao seu Reino Unido.

E nesta espiral de bem e mal, Portugal assalariou-se. E nessa pedinchice… polvilhou-se de “garotos de bem” com uma obediente frequência partidária e uma catequese de améns cegos. Espalhando-os pelos quatro cantos do nosso mundo repúblico. Alguns chegaram alto e desse pedestal miram-nos com desdém. E dessa altiva postura tornaram-nos escravos de interesses. Grupos operacionais tomaram de assalto vários sectores de influência e de actividade. Ouvem-se em tudo o que é opinião. E tornaram-se braços armados de agenciamentos.  
Existem gerentes que mais não fazem que é roubarem-nos a dignidade individual e colectiva. Alegando reorganização, despedem-nos. Alegando modernices, imutam cenários…   E essencialmente com os vencimentos dos que despedem organizam orgias e distribuem pornograficamente esses dinheiros por si e os demais salafrários que os acompanham.
E vamos engolindo várias mentiras repetidas – é esse o guião – que com a fluidez que circulam se tornam verdades e verdadinhas absolutas.
E neste cozido vamos marinado estupidamente. Sem lucidez social. Sem resistir. Sem   brio nem dignidade.

Com uma Europa a correr o perigo de se estigmatizar a si própria correndo o risco de se desfazer… e Portugal a ser sedado por Pinóquios policromados. Avistamos a China com um ar de puta sabida a oferecer-nos o seu corpo. Corpo esse que está nos antípodas de tudo o que defendemos, respeitamos e amamos. Esta pandemia não é só o vírus que nasceu nos mercados selvagens de Wuhan que nos obriga a pagar um preço muito elevado – almas – é também o ópio que cegamente snifamos ao pedir socorro a quem nos meteu nesta alhada.... Aliás o único carreiro disponível. Espontâneo? Premeditado?  
Isto vai-nos levar a um novo ciclo nas relações internacionais. No fim de dessecar a Europa e regular o seu mercado económico a seu belo prazer a China vai interagir com o continente africano de uma maneira mais incisiva e controladora de mesmo modo o fará com alguns países da Asia menos vigorantes. Tem disponibilidade e sente que a Europa os "abandonou"...  E escusado será preconizar os efeitos nefastos que advirá disso para todos nós.
Só há um país no mundo que sairá desta pandemia com poucas interrogações. Poucas questões por resolver. Mais consolidado.
Se havia uma muralha nele que o defendia agora expande-o sem fronteiras. A Rota da Seda, inverteu-se.