Afinal
a realidade está-se a vestir. De uma candidatura considerada inconsequente e só
propalada para “chatear a humanidade”, eis que ela apresenta as razões que a
impediram de ir a sufrágio e mesmo assim a jogar por fora, dá vinte de avanço.
A
sofreguidão desta eleição – tipo Assembleia Nacional - que originou o asseio
étnico dos informes aos estatutos, também tinha razões para ser aplicada aos
que sozinhos nas urnas, perderam, categoricamente. Mas tomaram posse… ficou o
espaço de duas assinaturas em branco, mas as senhoras, tomaram anteontem posse.
As
ilegalidades sobranceiras e prazenteiras podiam ser descritas assim: - Um Edital
para anunciar os trâmites das eleições, aquartelado… Uns que herdaram o número
de sócio… Um outro, inscrito muito fresco como sócio, entre um caçoilo de
chanfana e uma côdea de broa, que estava e de repente sob pressão, eclipsou-se.
Foi substituído por um outro que sorrateiramente se instalou “fora de prazo…”,
como fosse um veterano. Daqueles que fica espantado com tudo que agora os “meninos
mimados” descobrem e escarrapacham na praça pública… Mas para sua surpresa (mas
não nossa) vai e está em todas as calinadas… …
Verificando-se
a constituição da lista dos proscritos, constata-se a abrangência cívica dos
seus componentes. Pessoas com arcaboiço intelectual, com coluna vertebral,
habituadas a pensarem por si e a informar os outros, do que pretendem e ao que
vão. Pessoas que sabem argumentar as suas intenções e consequentemente a sua
tradução para as colocar em prática. Pessoas oriundas de vários quadrantes
políticos mas distantes de preconceitos e vassalagens.
Não
pode haver paliativos nem contemplações com uma situação destas. Quem não teme expõem-se
para ser decifrado. Explica-se e fala da sua justiça. Nenhum dos componentes
que atestam a nomenclatura directiva pode dizer que foi coagido ou acorrentado
para assumir o cargo. Também não podem afirmar, que estão por ali por altruísmo
e solidariedade sem se disponibilizarem a desobstruir as barreiras que possam manietar
as dúvidas existentes. Porque se consentirem a opacidade, só se decifra que
fazem um frete a alguém e não estão a servir a Instituição com isenção e idoneidade.
O
que me deixa perplexo foi a desfaçatez com que tomaram posse. Insistem combater
a vergonha e a sensatez. Vão enxutos para o teatro de operações e ficam com as
orelhas a arder, obviamente! Não se entende nem percebe é a conspiração democrática
e intentona palaciana que perpetraram e candidamente (alguns) julgam-se vítimas.
Categoricamente
para honrar a Instituição e para limpar a face, os que tomaram o poder, deviam
solicitar uma Assembleia Geral Extraordinária com o intuito de colocar tudo
cristalino. E em sítio próprio esgrimir o contraditório, produto que enaltece
as Instituições com representatividade profundamente democrática! Senão somos
levados a pensar que existe algo impróprio e pouco aconselhável para
conhecimento dos seus associados e da comunidade em geral.
Se
forem outros a solicitar a tal Assembleia Geral, inclusive por quem foi impedido
de ir a votos, fragiliza de morte… quem “extinto” “governa”!
Apraz-me
registar o “Esclarecimento” de quem foi apeado do acto eleitoral. Informa que não
foi uma candidatura avulsa, inusitada e “só para contrariar”.
Alberto
de Canavezes