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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Quem vive, ama!

O, teu olhar triste… comedido e perdido
Envolto na água da ribeira da nossa rua
Transbordou a margem do meu sossego
E inundou o melhor de nós sem sentido!
 
Quem ama não tem demora
Enche um pouco e um muito
Não tem nada, tem um tudo
Regressa, parte e vai embora.
 
Não tem dia, noite, nem hora…
Tem coisas esquisitas semeadas
Mistura pingos de suores frios
Na seiva de afectos e segredos.
Faz repousar nas águas dos rios
Fogos de heróis cheios de medos!
 
Quem ama não se respeita a si
Venera um e outro, num, dois!
Quem vive, ama…
E por si, no amor se chama!
… … …
 
Alberto de Canavezes