Fugiu das almas da minha alma
Soltou um brado de querubim
Nas palmas da minha palma!
O meu corpo estremeceu e flutuou
Dançou e tornou-se num flamingo.
Esvoaçou nas profundezas do mar
E demandou para te querer e amar!
O beijo que te roubei sufocou-me
Ascendeu-me labaredas de desejos
Atirou-me borda fora dos sentidos
Alando silêncios
E uma porção de gemidos!
Sei-te amar num todo e num tanto de pouco
Que de te escutar sempre desdigo-me louco!
Hei-te, joeirar de nós manhãzinhas de pecados
Dizer-te que não te abono nem revelo recados.
Que me liberto de ti sempre como o teu servo
Num verbo de sujeito entre um rol de escravos!