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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

POEMA - Em ti moro.

Quantas marés e ondas terão os meus olhos por te ver?


Entre os grãos das areias, ausculto o feitiço das sereias


Perco-me de tudo e de todos. Sem a sorte de ter norte


Invento beijar-te. Abraçar-te. Enrolar-me em ti. Ser teu


E num esconder descobrir que unido não existe, um: eu.



Que mau clima daremos e que calmas teremos. Não sei!


Se somos capazes de dispor o amor penetrar em êxtase!


Penso que somos feitos um para o outro. Porção que dei


Que no ritmo do coração houve Bossa Nova e o Sambear


De quem gosta de com parcas carícias, de gemer e amar.




Não é pudor, falar de sexo com amor. Dizer que o adoro


Tão pouco somente, o negar por vergonha, não o ignoro


Ele sobrevém em mim… Extenua em mim. Em cada poro


Que em toda a parte de ti não sou, sem-abrigo. Eu moro.


ALBERTO DE CANAVEZES