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terça-feira, 15 de outubro de 2013

- A imunidade (?) “a”crítica!


Estamos todos na espectativa. Vila Nova de Poiares virou um ciclo da sua história. Existe uma ansiedade política e social. Existe uma novidade, nova. Depois de quase quarenta anos de uma democracia monoteísta que nasceu ditosa, cresceu rebelde por ordem decrescente e se endeusou e cristalizou teimosamente por caminhos ímpios, eis que abraçamos uma ideia que se chamaMudança Tranquila” uma disposição revolucionária que nos transmite o antidoto republicano contra as enfermidades anacrónicas da déspota “monarquia”.

Uma revolução abrange e absorve muitos dogmas políticos, energias sociais, diversidades intelectuais, pessoalidades oprimidas e indivíduos expectantes … Mas torna-se um importo válido quando derruba hábitos adquiridos de má porte, índole duvidosa e derriba organogramas cooperativistas de interesses instalados.

E um governo gerado desta panóplia de “activistas” não pode ser acéfalo nem acrítico. Não pode negligenciar a sua génese impulsionadora independentemente dos seus galhardos méritos. Os tempos que nos aguardam, não são para se fazerem percursos sozinhos ou isolados. Não é para andar de peito feito “às balas” e expor-se a guerras reais e outras fictícias contra moinhos de vento. Existe uma triagem a fazer, existem critérios mais alvos e céleres que outros. E isso vai criar desgastes, inúmeras canseiras, conflitos e inconfidências. E se for selectivo – sem abrangência politica e social – sem partilha de experiências e saberes está condenado a absorver todo o ónus das questões resolvidas e pendentes, criando inopinados desgastes. Fazendo que o seu estado de graça seja ténue e pouco profícuo no porvir.