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sábado, 19 de outubro de 2013

(?) - O Culminar de um tempo de muitos anos!...

Aproxima-se a data da alforria cívica nas suas componentes, politicas, sociais, recreativas, culturais e desportivas.
Novos ventos ofegarão. Agora as coisas vão ser realmente aquilo que deverão ser. As instituições vão aprender a viver baseadas na sua especificidade de mensagem e consequente intervenção. Na sua capacidade de mobilização criativa e angariação de fundos de maneio. A promiscuidade que até agora foi injectada e cultivada não tem propensão para existir por várias razões, obvias. O Município ser representando por gente nova, sem carreirismos políticos e subserviências, tem as suas vantagens. Vai originar um acantonar de identidades de inúmeras Instituições. Vai purificar a legitimidade estatutária de cada uma e fazer fluir a sua democraticidade. Essa certeza, para mim é um dos maiores realces desta “Mudança Tranquila”.
Vai haver impasses, descaracterizações, reordenamentos, confusões e dissidências. Mas isso faz parte do processo de regeneração e de um novo método de mediação individual/colectiva. Será natural.
Haverá o ressurgimento de novas iniciativas colectivas e dinâmicas de intervenção pública. Será optimo. Esplêndido!
 
Como habitante e cidadão eleitor, estou expectante enquanto ao futuro. Sei que “A Mudança Tranquila” não nos prometeu o mundo e o seu fundo. Mas a sua mensagem de propósitos contemplava muitas intervenções interactivas no sentido de corrigir assimetrias e manobras rocambolescas de bastidores. Existem muitas coisas que provavelmente lhes vão solicitar observações demoradas e atentas e outras que exigem celeridade de execução. Mas as “101 medidas para Poiares”, são exequíveis.  
Não é preciso muito, para dar funcionalidade a algumas iniciativas, basta saber delegar – aos competentes – funções e exigir-lhes responsabilidades. Basta não improvisar e saber construir a arte de estampar compromissos. Basta ter a ousadia de saber ouvir e se fazer escutar. Basta criar, recriar e decifrar novas estratégias e parcerias com todos os agentes activos da sociedade civil. Tão só isso.
 
Espero que as Instituições (regimentais) que tanto critiquei possam aproveitar esta “Mudança Tranquila” para implementar a sua cartilha de sobrevivência com outros propósitos que não a subsídio/dependência do Município.
 
Estarei atento. Serei um observador leal e educado, mas sempre livre de opinar as razões do meu entendimento de aprovo como de reprovação.
 
Nestes tempos próximos, pretendo recatar-me na minha privacidade pessoal, familiar e de amigos (alguns de quem premeditadamente me afastei...). Com um propósito, lutar pelo - “trilho da verdade”, na procura de expurgar a honra que insidiosamente me denegriram e enxovalharam.  
 
Quanto ao resto, vou estar na tomada de posse do novo Executivo Camarário e Instalação da Assembleia Municipal, com deferência e respeito pelo acto. Não vou para afrontar ninguém. Simplesmente - vou - porque mereço isso de mim.  
 
Filhos, o ajuste com a história da minha intervenção pública, que convosco celebrei, vai ser, cumprido. Cessei a missão que a minha consciência me exigiu durante estes anos. Agora só me falta honrar o nome do meu amado e saudoso Pai. Abundam factos para isso, porque a verdade é pura, cristalina e desconcertante. Eu não a temo. Aguardo-a tranquilamente no recanto do meu prometido anonimato. Eu em mim!
Jorge Gonçalves