Hoje fui á tomada de posse do
novo Executivo Camarário e Assembleia Municipal.
Salão Nobre cheio. A
transbordar.
A Dra. Teresa Carvalho dissertou
sobre o papel do poder autárquico. E achei deveras interessante a sua mensagem
na parte final.
Houve a tomada de posse do
Executivo e o primeiro sururu na sala aconteceu aquando dos cumprimentos da praxe.
O estender da mão do Sr. Vice-Presidente foi menosprezado pelo Sr.
Ex-Presidente do Município… A mola foi despoletada para uns momentos menos
felizes na sala. Na sua intervenção o individuo que se negou a praticar o
respeito democrático por um adversário politico, fez o aprumo da sua gerência… e
gingou para a tese da teoria da consideração democrática e logo foi vaiado por
alguns dos presentes. Engrossou o seu discurso para o ataque pessoal e foi
enxovalhado. Valeu a pronta intervenção do Sr. Presidente João Henriques que
pediu para, “se respeitar o acto solene”. Assistimos a arrufos desnecessários.
Do seu discurso, testemunhei
as mesmas retóricas de sempre e retive duas proposições:
- ” O Município tem uma divida
de dezasseis milhões… e um património de sessenta milhões”.
Até dou de barato que o património
até possa ser de sessenta milhões. Agora a dívida ser de dezasseis milhões,
parece-me uma “indulgência” que peca por demasiado acanhada!?
E o prenúncio “… vou andar por
aí”. E, esse “… vou andar por aí”, enterneceu-me.
Das duas, uma, ou existem
anjinhos papudos na terra, ou vai haver uma alma penada num sarcófago de porta
aberta - mitificada - até ressuscitar como o salvador.
Isto tem “consequências políticas”
que a “Mudança Tranquila” tem que saber decifrar e purgar. Quer se queira ou
não queira, o homem, é um politico de mão cheia, com uma tarimba desusada destas
lides. E, urge clarificar, hoje, o seu espaço disponível político, com o espaço
que ocupou e usufruiu.
Se, fosse um, ti- Manel qualquer,
sem passado, rebimbava-se-lhe corda nos calcantes, dava-se-lhe meia volta e
está a caminhar. Ia andar e pregar para outra freguesia. Mas não. Ele não é um ti-Manel,
qualquer. É, o menino, o rapaz, o homem, o pai e o avô de uma história de 40
anos, pública. Com acometimentos de muito boa índole, boa índole, má índole, má porte,
péssimo porte e deplorável porte. Por isso, se a “Mudança Tranquila”, enlaçar
nos braços e der colinho fagueiro e prazenteiro - de olhos fechados – ao nado
que recebeu sem os devidos exames médicos referentes à gestação e parto da
criatura, levará com o ónus da alimentação do ”ser” sem contemplações.
Por isso, estes tempos mais próximos
reclamam da “Mudança Tranquila” uns “exames e análises” ao estado do “bebé”. Porque
se o vão comportar e reeducar que esteja perfeitamente decifrado o seu estado físico
e psicológico. Não vá o “puto” fazer-lhes a cabeça em água.
O “garoto” decifrado e
catalogado pode contorcer-se com cólicas ou outras enfermidades, mas o “vou
andar por aqui” caí por terra, pois o progenitor do seu “mau feitio” e
deformação congénita, não reclamará o seu coito. Retira-se e rebobina a fita
exclamando, “fui-me”.
Senão com o desenrolar do tempo – quem não é um
ti-Manel qualquer - arremessará o primeiro petardo com o sonoro: - “Tarde
piaram! Porque não fizeram os exames e análises ao “catraio”!? Foi preciso ele
começar a gatinhar para verem que era enfermo e não tinha pernas para andar?
E
mudará o slogan para “- Eu estou aqui e tenho filho (e mais rapazes)!