Vou colocar muitas coisas em dia. Semear
e colher uma nova safra de bem-quereres… Recuperar tempos perdidos… Saldar contas atrasadas... Ler
bastante. Escrever muito. Confraternizar. E degustar da gastronomia caseira com
bom vinho Alentejano (ou do Douro) por dozes “qb”.
Vou recatar-me de movimentações tesudas,
pós-revolucionárias. E despojar-me de enterros já pré-proclamados. Vejo muitos
guerrilheiros agora a saírem dos armários e muitos espertalhões a saírem da
caixa-de-ar que os oxigenava. Mas diz-nos a história que não os podemos
estranhar ou rejeitar. São fluxos transmigratórios de cidadanias estafadas,
congraçadas e desabrochadas. Diga-se, de uma utilidade muito profícua para
clarificar, a jusante, quem encarna o mar da revolução e a montante as valas,
riachos, ribeiras e rios que alimentam o poder imanado dessa revolução. O que
daí divergir, será acantonado para adubar o espaço do contraditório que se
exige e que se aconselha no deve e a haver da democracia pluralista. Espera-se
que purificado e a grosso modo cheio de novas companhias…
Estou expectante em relação ao nosso
futuro político concelhio. Mas tolerante com a “Mudança Tranquila” e a “Ambição
Renovada”. Os primeiros experimentam as coisas e loisas do poder executivo e
deliberativo, os segundos pelo acomodarem-se às cátedras da oposição.
O que apertava ser feito - derrubar um
reino de promiscuidades – foi consumado e bem feito. Agora temos que clarificar
os nossos propósitos de futuro sem que façamos juízos de valores pré-concebidos
e sem respeito pela meritocracia de ambos os contendores, muito essencialmente pelo
que for proposto e realizado pela “Mudança Tranquila”.
Eu reafirmo que estou no espaço que
optei, sem obrigações com ninguém nem deveres para uns tantos e os restantes,
aqueloutros.
Para bem de todos, a Concelhia do partido
que dá vida à “Mudança Tranquila” tem que ser mais activa, mais programada e
mais xaile-manta dos seus infantes de oiro. Tempos difíceis aguardam os
autarcas eleitos e é necessário haver uma triagem da informação e
contra-informação politica. A Concelhia do partido que deus aso à “Ambição Renovada”
tem que ouvir os sussurros da bernarda que está prestes a estourar nos seus militantes
e esclarecer-se sobre a catástrofe eleitoral que pespegou ao seu eleitorado. Terá
que saber ler a crónica disso e agir em conformidade. Mas a previsibilidade é
para ser mais do mesmo. E a denúncia de não haver massa crítica é caso de um
estudo sociológico e até antropológico. A nível nacional é única, parecida com
a Assembleia Nacional… com a agravante de não ter uma ala liberal. A obediência
não pode ser cega nem muda. Se continuar sem os cinco sentidos, será informe e inconsequente.
Criará um vazio – meio cheio – de ser pouco credível e muito longe de voltar a
ser poder. Tem a necessidade de se recompor (em todos os sinónimos da palavra).
É uma concelhia acéfala.
Quanto mais competência houver e for cultivada pelas
partes políticas intervenientes, quem desfrutará disso somos todos nós. Se nós
soubermos respeitarmo-nos pela excelência da diversidade mais habilitados
seremos na plenitude da cidadania. Então que se cultive a democracia genuína.
... ... ...
Quanto ao
resto, estou fora por uns tempos.
… …