Persevero tudo o que disse e escrevi no meu Blogue: -
Bau da Histrionia e no meu mural do facebook… e da minha participação cívica
nas ruas.
Caiu um regime que se rodeou de uma “facção tosca”
provinda da quinta divisão da terra de ninguém. Indivíduos que na sua origem
não tinham protagonismo nenhum e para se sentirem importantes, tudo consentiram
e permitiram ao seu “deus”. Nada ousaram erguer por iniciativa própria que não
o impulso de agradar ao “grande líder”, e obrarem no esforço da sua vontade.
Fui (e não só eu …) acossado por o cabecilha desta
trupe e alguns dos seus acólitos mais fervorosos através de perseguições por
delito de opinião, intimidações físicas dissimuladas e orquestrações para
segregar o meu espaço de cidadania e liberdade. Ousaram definir e interpretar a
minha cidadania e o meu caracter em tons depreciativos, mordazes e acintosos.
Denunciados por mim a seu devido tempo.
Como cidadão tinha uma visão e uma opinião do homem
que se endeusou e cristalizou literalmente oposta à que fui consolidando quando
me tornei um par político entre o seu “domínio” absoluto. Espaço aonde se
julgava um eucalipto. Secava tudo que o rodeava. Eu jurei fidelidade a uma
Freguesia que me delegou ser o seu rosto e voz e nunca ser submisso e
subalterno a quem tinha outra legitimidade de representatividade que não a
minha. Fui eleito numa eleição própria e bem identificada. Representei uma
especificidade própria. Aquilo que para os outros eram um pormenor de somenos
para a minha comunidade era um entrave para a sua sustentação sociológica e
comunitária. Vi boicotarem-nos inúmeros projectos. Vi outros a serem plagiados.
Enfartei compromissos celebrados por dois (na sua pessoa), Freguesia/ Câmara
Municipal nos custos a um - Freguesia. Sofri uma política de desacreditação
pessoal e publica da minha pessoa… …
No tempo adequado por razões óbvias cortei relações
com tal individuo, pessoais e politicas. Abandonei a política como o quis e
quando o quis.
Paguei um preço bem alto por tudo isto. Mas estou de
bem comigo próprio e com a história dos meus actos entre os meus defeitos e
virtudes.
- EIS QUE A HECATOMBE ACONTECEU. O IÇAR DO PANAL VERMELHO A TODA ESTA CONJUNTURA IMPREGNADA DE IMPERTINÊNCIAS E INCOMPETÊNCIAS. E UM MENINO DO PAPA… E OUTROS FILHOS DESTA MAMADURA… TENTARAM LEVANTAR OS DEDOS NA MINHA DIRECÇÃO. ACUSANDO-ME PUBLICAMENTE DE UM PROTAGONISMO QUE ME NEGARAM SEMPRE E ME NEGAVAM AMIÚDAS VEZES PORQUE SIM E PORQUE NÃO. NÃO NEGO QUE ME SENTI ELOGIADO.
A ELES TENHO A
EXPLICAR E PERGUNTAR:
Há doze anos (+ -) que me encontro nos antípodas da
vossa peregrinação, doutrina e fé.
Porque é que a sucessão do vosso “deus” não foi
trabalhada e preparada com cabeça tronco e membros? E foi de trapalhada em
trapalhada? Foi feita de improviso teimoso e à revelia de muitas vontades
proeminentes do partido?
Porque não sendo uma sucessão natural conforme dizem
os canhenhos das lides políticas básicos, não foi alguém com a ingenuidade
fresca (como por exemplo: - o segundo ou terceiro propostos da lista apresentada
a sufrágio)?
Porque foi proposto o porta-voz do partido que
suportava na Assembleia Municipal o Executivo Camarário? Comprometido até ao
tutano com esta “turbulência”!?
Porque é que muitas figuras gradas do partido do poder
não apareceram logo nas primeiras horas da candidatura apresentada a dar o seu
apoio inequívoco e no período eleitoral não deram a cara por ela?
Porque é que fizeram listas bem rechonchudas de nomes
de pessoas proeminentes e na esmagadora maioria das vezes, tais personalidades
andaram arredias das lides politicas e da campanha politica?
Porque é que a campanha eleitoral decorreu através de
um monólogo pardacento e consentido?
Porque é que alguns candidatos foram sobranceiros,
subestimaram a humildade democrática e se fizeram acompanhar de velhos do
regime, puseram a sua mensagem no silêncio dos mudos e só aplaudiam a voz da
ambição sem renovarem a sua voz?
Como se pode querer dar uma imagem de” dinamizar ou
dar vida” a coisas que nunca admitiram como mortas?
Porque é que a concelhia do partido do poder não soube
congregar figuras distantes e dissidentes numa mensagem que diziam renovada? -
Mas aqui, respondo eu, por vós. Porque vocês não sabem pensar, não sabem
opinar. Só sabiam expelir o “bravo” da festa rija… O, sim, com a cabeça e
aplaudir efusivamente o mesmo trecho de teatro, esclerosado. Temiam ficar
ofuscados e sem protagonismo.
- PORQUE GANHOU A MUDANÇA TRANQUILA?
Porque foi genuína.
Porque tinha uma mensagem a uma voz para o Município.
Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia.
Porque o exemplo da Dra. Vera Carvalho – idoneidade
cívica e temperança - capitalizou exemplos de desapego a poderes e a estatutos
superficiais. (A minha profunda admiração).
Apresentou irreverência juvenil em todas as candidaturas e
exposição pública ao erro e ao certo. Foram autênticos e não temeram ser
julgados por isso.
Cultivaram a liberdade de pensamento. Patentearam inteligência.
Diligenciaram a sagacidade política. Partilharam acutilância.
Foram um coro de vozes em uníssono.
Competência na divergência de personalidades e
convergência no essencial: - Vila Nova de Poiares.
Apresentaram especificidades de mensagens. Veja-se os
manifestos a todos os símbolos das autarquias.
- COMO PREVISÍVEL DESTA “VITÓRIA” DO “GRANDE LÍDER” (DERROTA ESTRONDOSA DO CANDIDATO) TENHO QUE PERGUNTAR-VOS QUATRO COISAS:
Entre outras aleivosias. Ouvi o líder da concelhia do
partido que reinou até 29 de Setembro de 2013 por cá, pedir aos líderes
distritais e nacionais do partido que tirem as ilações destes resultados e para
os que se sitiam por Coimbra, que se, “demitam”. E ele ainda vos vai ficar a
dar catequese e doutrinar? Não se demite?
Quem de vós ousa fazer frente a quem vos telecomandou
para este abismo.
Sinceramente não acham desonesto intelectualmente e
atroz arrepiante o proponente desta absurda candidatura querer lavar as mãos
como Pilatos e entregar o ónus dos resultados ao perfil do homem que encabeçou
a sua vontade e desejos?
E vocês estão de que lado? Do tipo que vos induziu a
isto. Ou daquele que vos “perpetuava” a vossa subserviência, incompetência e
protagonismo imerecido? Confesso que tenho dó de vós e muito respeito de missão
por ele (candidato - usado e enganado)!
- A MUDANÇA TRANQUILA TERÁ DE MIM:
Lealdade, jamais subserviência.
Atenção e ponderação.
Expectativas no derrubar a incompetência. O compadrio.
O formalismo das circunstâncias.
Não acatarei o situacionismo. O dar alimento a
diabruras… existem efeitos colaterais que tem que serem assumidos, derrubados e
categoricamente vividos.
Desculpas com o “sistema” e o perpetuar de direitos
adquiridos imerecidos. Ninguém se sobrepõe ao normal funcionamento das
Instituições e igualdade de participação cívica.
Sei que não prometeram o mundo e o seu fundo, mas
prometeram-me liberdade, respeito, limpeza orgânica das Instituições,
cidadania, participação activa e compromissos.
A minha severa crítica desde que se omita e se faça
“esquecida” da história passada e da história que subjacente representa no
presente e consequentemente no futuro.
A minha veemente inconsideração se, se acompanhar, de
trauliteiros ressabiados e a sua mensagem e acção andar propalada na rua na
boca de indigentes sedentos de protagonismo fácil. Vulgo, “cacaréus” iguais ao
que repudiei no reinado do “ex-deus”.
- No resultado destas eleições quero expressar uma palavra de apreço para o Luís Filipe Santos. Um dos vencedores da noite das Eleições Autárquicas - para mim. Acordou e despertou uma nova absorvência política de ver as coisas públicas. Fica a 21 votos da eleição para a Assembleia Municipal. Elege um membro para a Assembleia de Freguesia de Lavegadas, Cristina Simões. E um encómio para a vitória da Cristina Esteves (e à sua equipa) na Freguesia de Santo André, para mim de todo imprevisível. Esta preferência para mim foi a grande surpresa destas eleições, bem como a diferença de votos conseguidos pela "Mudança Tranquila" para o Município e Assembleia Municipal. Demonstra, querer, competência, determinação e perseverança.
(continua)
Jorge Gonçalves