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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

“... MAS VI UMA AURA GENUINAMENTE SILENCIOSA DE SEDUÇÃO QUE ME EMPOLGOU." (II)


A grande nobreza da democracia é a sua partilha. O recrear o seu espaço no conflito da divergência acatando o pulsar da sua alma - o povo - interpreta a autenticidade de se ser democrático em fé e doutrina. Não basta encher os pulmões de ar e gritar aos quatros ventos, que se o é. Também não podemos declamar os seus preitos quando nos interessa, queremos e nos apetece. Haver um protagonista no filme principal é legítimo e bom, faz parte do enredo da história e os holofotes da representatividade reivindicam-no. Mas também existem os actores secundários, que tendo um papel residual também contemplam e complementam os movimentos do seu enredo.

Portanto, confesso que não me espanta o dia e a hora para a instalação do novo Executivo Municipal e dos Membros da Assembleia Municipal. Dia 22 de Outubro 2013, pelas 9,30 horas. Uma Terça-feira (dia de semana). Para, mim, demonstra a coerência de sempre baseada no despeito que o actual Presidente da Câmara nutriu pela outra borda da democracia. Nunca soube ganhar e agora muito menos perder. Foi uma derrota estrondosa para a sua figura e hereditariedade de comando. Por muito que estrebuche e dispare para todas as larguezas e funduras e pespegue o contrario foi taxativamente uma derrota colossal e humilhante para si. Os números são bem-falantes.  

Acredito sinceramente que a actual Presidente da Assembleia não pretendia esta data, mas a agenda (?) e o mau feitio democrático do senhor que vai cessar funções nesse almejado dia, não lhe deixou outra hipótese. No último dia da sua “expiação”. Oculta do povo que tanto reivindicou como uma raça um acto tão solene... … … Sintomático!

Aliás esta atitude é tão, mas tão previsível que para o “ex”, a cena no meu guião, acaba aqui.

E vou falar para o João Henriques. O futuro Presidente do Município de Vila Nova de Poiares.

Amigo, nas tuas mãos estão delegados imensas expectativas do povo Poiarense. Sei que não prometestes o mundo nem o seu fundo, e que a tua obra é um “Cabo de Tormentas” de inúmeras inquietudes e que vais precisar de imensa coragem. Tempos difíceis nos aguardam. Todos sabemos isso. No entanto permite-me que te diga como um cidadão livre que a maior das obras que nos podes dar é saberes ouvir-nos, respeitar-nos, tratar-nos todos por igual, dizer-nos que não e sim, quando provier ao Município sem excepções nem quebras de compromissos individuais, colectivos e institucionais. Que a promiscuidade entre o Município e outras instituições acabe e que o dinheiro do erário público jamais fomentará caprichos. Que a competência será a primazia do teu consulado. O resto advirá por acréscimo naturalmente. A Mudança (será) Tranquila!

Depois nas cerimónias do dia 13 de Janeiro (Feriado Municipal) e 25 de Abril … não faças desses dias símbolos da nossa identidade e cidadania um monólogo. Aborda a grandeza da tua memorável eleição com a elevação democrática que tu representas para todos nós, através da tua generosidade cívica. Compromete-te a comprometer as escolhas do povo. Dá-lhes voz!

O teu sucesso será o nosso. De mim terás sempre uma postura leal baseada nos predicados da minha CIDADANIA.