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domingo, 30 de outubro de 2011

Eu em mim. Sem vergonha nem mentiras.

Três factos:


Por várias vicissitudes da vida estou com a corda no pescoço… A passar os momentos mais humilhantes da minha vida. Mas tenho tentado lutar contra isso com a dignidade possível. Poderia pedir insolvência para quero assumir o que de boa fé pedi e asseverei… Hoje aconteceram – me três preceitos de humilhação que jamais esquecerei.


1. Ao dar os bons dias a uma pessoa que admiro e respeito – agora tenho que colocar reticências - não me respondeu e virou a cara ao lado. Talvez não me reconhecesse. Tenho o cabelo laminado, não tenho barba e estou desdentado e mais magro. Só lhe pedi no meu blogue que exerça o seu cargo com isenção mediante os deveres e obrigações, que assumiu perante os cidadãos.


2. Não consegui que me fiassem “provimento” para a minha família. Sei que estou em incumprimento. Que assumi um compromisso que não tive capacidade de o consumar. E que tenho 99% de culpa por não ter crédito… mas fui armadilhado por um sistema que me obriga a pagar os meus erros, de quem fiquei fiador e de políticos sem escrúpulos, que cometem rodos os crimes de colarinho branco possíveis e imaginários que nenhuma nódoa os leva perante a justiça. Aliás uma justiça cooperativista, fraudulenta, comprometida com interesses dos poderosos e ao serviço de “senadores da nossa malfadada democracia”… Julguei que a amizade e solidariedade permitissem uma atenuante para poder trazer o mínimo para sobreviver. Também não foi possível, nem vou a lado nenhum esmolar enquanto não regularizar tudo…Compreendo-o. Mas ele sabe que nunca fugi…


3. Fui comprar uma “gazeta”, com uns cêntimos dados pela minha mãe. Um vício de leitura voraz… Ao pagar fui advertido publicamente – sobre uma colecção de livros que mandei vir sobre religiões – que ainda não consegui pagar, mantendo – os lá em depósito. Confesso que cada vez me revejo menos na Religião em que fui criado e procuro algo que me preencha esta minha máxima: recuso – me ter nascido só para morrer. Eu sei que estou em falta. Eu sei que estou a proporcionar prejuízo… já que os pagaram.Peço desculpa por tal dano. Mas tal episódio poderia acontecer em privado. Nunca tive medo da verdade nem vergonha de ser quem sou. Não sou de muitas lamúrias nem de vitimação, no entanto tenho um passado que fala por mim na causa pública. Melhores dias virão certamente…


Agora se eu em vez de ser Profissional do trabalho que executo, fosse um alcoviteiro!?


Orgulho - me da profissão que executo. Amo, o que faço. Não estou lá ressabiado nem zangado com meio mundo.


JORGE GONÇALVES