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sábado, 1 de outubro de 2011

O autarca sedentário e o autarca nómada.

O autarca com o dom da ubiquidade pessoal. O de trazer por casa o outro de transeunte. No seu ninho é um insolente que roça a barbárie oral libidinosa sem escrúpulos. Amarfanha tudo que ousa não lhe seguir as bem-aventuranças de abanar com a cabeça de baixo para cima em tom frenético. Aniquila sem qualquer pudor ou ética tudo que é adversário político. Tornando-o um inimigo público da sua sombra. Não olha a meio para justificar os seus fins. O outro é um cromossoma – “… conjunto de coisas que constituem o ADN nas variantes de mitose e maiose …” - tipo modelo de passarela que até consegue converter um sotaina – compadre - à sua magnânime figura… construída com dinheiros investidos numa irmandade onde congrega cientificamente individualidades pelo cheiro de uma iguaria ultra mundial. E lá está muita gente da “pesada". Daqueles que desempatam o fiel da balança… Comparsas e amigos. Pavoneia – se por tudo quanto é além paredes com tanta parcimónia que se julga gaivão para todo o poleiro disponível. Porque em sua casa se não é testa tem os seus “matraquilhos”. Uns por cagaço… outros por mama. Existem Aldeias que desde a sua última nomeação autárquica que não vêem por lá tal figurante. Poucas Instituições possuem vida própria – contam – se com os dedos de uma mão - porque tal azémola açambarca a universalidade das coisas. “Parece que trás o diabo com ele” e “ele é pedreiro” é o que dizem os mais tementes ao dito Deus dos bons. Agora vai apresentar a sua candidatura a uma Liga… na quinta onde Pedro e Inês tingiram o mais puro do amor na nossa história a sangue. Grande paixão! Fausto palácio, gente importante vindo de todo o lado. Mas de todo lado mesmo: - Laranjas; Rosas; Martelos e Foices; Centristas; Bloquistas; Padres; "edis" e bandos doutras galáxias e como gosta de ser o mais abrangente possível também no consílio deverá haver gays e galderias e outros que tais! A apresentação tem como teatro de operações um espaço que não é muito acessível ao comum dos mortais. Mas pomposo é. Está ao nível do “quer tudo”. Lamentavelmente “esqueceu-se” de o fazer no sítio onde os nossos Soldados da Paz arrancam em socorro dos outros. São pessoas de todos os estratos sociais. Mas onde predomina gente humilde mas brava; pobre mas arrojada; simples mas corajosa. Mas esqueceu-os porque quer outros holofotes para alimentar a soberba do seu ego. Como seu caudilho, deveria apresentar a sua candidatura honrando a bravura adquirida em cumplicidade no seu aquartelamento. Mas o seu umbigo é predominante, nas decisões que toma, dizendo cinicamente “que o faz em nome da sua consciência e do povo … blá... blá … blá". Apresentava-a de uma forma simples e humilde na terra que diz que tanto ama. Para ele os tempos que correm são de faustos banquetes. A crise não o aflige. Como disse na última Assembleia em tom ordinário: “…é especialista em tapar buracos…”(Aqui quero-o levar a sério e depreendo que quando sair do Municipio nada fica por tapar.Tudo fica pago). Mais uma vez despreza a sua raça e os outros cidadãos livres de tão tacanho estalão, para glorificar a sua pose… Despreza os seus soldados e o seu aquartelamento… Julgo que está a passar a fase da andropausa – comum a todos nós homens - para o andor pó pausa.




JORGE GONÇALVES