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sábado, 29 de outubro de 2011

"quatro hipóteses gratificantes"

Em democracia temos que saber divergir e convergir. Não podemo-nos destituir de princípios e valores porque somos amigos do sujeito “Y” e do indivíduo “K”. Porque somos oriundos da família “Z” ou somos parceiros nos interesses “X”. A essência da democracia nasce desses propósitos. Sabermos respeitar a personalidade de cada um, seja em que contexto for.



Não sou defensor do vota abaixo por dá cá aquela palha. Nem me omito para ser subserviente, para não ser inoportuno ou para ser diplomaticamente correcto.


Reconheço méritos e valimentos ao actual Sr. Presidente do Município. Devidamente já expressos e publicados. Nem todo ele é defeitos ou só um adjectivo negativista. Temos que estudar e analisar a sua intervenção ao longo dos anos. Sem falsas modéstias ou exclamações de espanto – poucas pessoas o conhecem melhor que eu, socialmente e politicamente falando. Se fosse universitário a minha tese seria sobre a sua postura na causa pública. O seu endeusamento é que o aniquilou... ... ... E como o tempo o demonstrará sem contrariedades e muitas vicissitudes de percurso eu sei o que lhe está na génese para nos obstruir e manietar os nossos intentos. Como tal ele torna – se tão previsível que não me espanta o que nos espera. A nossa azáfama não é só “rolar sobre rodas” é também saber “soluçar” e quiçá: - saber suportar o tempo. Nunca é demasiado cedo para começar, quando as coisas estão devidamente ponderadas, assim como nunca é demasiado tarde se soubermos o que pretendemos no espaço adequado. Só se questiona o dia em que pretendemos ser submetidos a uma preferência. Se soubermos caminhar sem sobrepor nenhum destes factores os empreendimentos fazem de nós o fiel da balança. Esperam – nos, quatro hipóteses gratificantes – quando na política só existem dois resultados: - a derrota e a vitória.


1 – Se ganharmos. Vencemos um propósito edificamos uma consciência nova.


2 – Se elegermos dois. Impomos uma presença na exigência de haver diálogo e complementaridade de acordos. A dois, connosco. Ou a um.


3 – Se elegermos só um. Podemos ser o fiel da balança contra uma aliança sobranceira a nós mais abrangente. Ou edificar um convénio com quem requisitou do eleitorado mais votos, ou com quem ficou em segundo lugar.


4 – Com um. Assumir a perspectiva da identidade da nossa mensagem e agirmos conforme o documento que esteja na mesa. Votaremos conforme a análise e descrição que retiramos dele sem desvirtuar a nossa “alma mater”: - a cidadania e o direito de opinar e escolher mediante as nossas convicções.


Não existem vitórias morais. Nós vamos lançar uma mensagem que se identifique com os Poiarenses para sermos o seu rosto e voz, sem qualquer subterfúgio. Queremos merecer a sua confiança e ganhar.


Mas uma coisa é certa seja qualquer, que for o nosso resultado, podemos dizer sem mácula que: - “houve um Poiares antes e haverá um novo Poiares - distinto - connosco”.


(Expresso estas ideias, traduzindo a interpretação que faço da actual Lei. Mas ela vai ser diferente. Aí outras mais valias nos vai oferecer.)



JORGE GONÇALVES