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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

RESPOSTA DO GABINETE DO SR. PRIMEIRO MINISTRO

Exmo. Senhor


Cumpre-me acusar a recepção do e-mail de V. Exa., dirigido ao Senhor Primeiro Ministro.


Com os melhores cumprimentos


Pel’O Chefe do Gabinete


Mafalda Pereira


Assessora Administrativa


De: cincosaimao@hotmail.com
Enviada: domingo, 16 de Outubro de 2011 14:32
Para: Gab Primeiro Ministro
Assunto: Outra República, já.


Os tempos que se aproximam são de facto de uma verdadeira indignidade social. Por sucessivos erros e omissões de políticos medíocres e sem escrúpulos, fomos assistindo a promessas desvairadas e a uma panóplia de factos dissimulados que hoje nos custam pele e osso. A revolução dos cravos nasce do descontentamento dos Capitães, cuja base de referência era o General Spínola… A partir daí desenvolveu – se uma convulsão generalizada nas cúpulas militares… que a 24 de Abril de 1974, faz cair o regime de do Prof. Dr. Marcelo Caetano. O fascismo. Começou – se a erigir a actual Democracia. Com alguns arrufos pelo meio… “Somos livres! Somos livres!” e “O povo unido jamais será vencido” – gritamos até á exaustão. Modificaram – se nome de ruas… … … na verdadeira acepção da palavra o País mexeu. Ouve desenvolvimento e corrigiu – se muita coisa para melhor... Fizemos uma descolonização desastrosa… No quanto que se começou-se a arrepiar caminho para a glória e magnânime democracia em que vivemos. Sou um Republico convicto. Só que não me considero estúpido nem lorpa. A democracia gerou uma oligarquia, a competência mediu-se pela militância política, a corrupção é um problema sistémico e endógeno, a justiça é corrupta e dissimulada, criou – se em sede de comissão – Assembleia da República a impunidade dos ocupadores temporários dos cargos públicos, fomentou – se o auto - elogio e auto - promoção, delapidou – se dinheiros públicos a torto e a direito, fez – se da liberdade adquirida um acto de libertinagem, criaram – se institutos e seus similares para amigos e companheiros da retórica partidária. Até que se elegeu um individuo que se formou ao domingo e que personificou nele tudo o que de mau já vinha de trás com raízes e sustentáculos. Mentiroso compulsivo, arrogante, déspota, vaidoso e engenheiro de muitos crimes políticos, ambientais e sociais. Com um sequito de bandidos a rosto descoberto permitiu que homens e mulheres de todos os quadrantes políticos metessem a mão na poça que hoje é o tão propalado “buraco”. Senão vejamos alguns casos: Aterro da Cova da Beira; Casa Pia; BPN; O caso do Ex-Governador do Banco de Portugal na falta da fiscalização da Banca (BPN); Face Oculta; Caso Freeport, Os Magalhães, O Estaleiro de Viana do Castelo, as Negociatas com o ditador Chaves; criaram - se mais empresas municipais que municípios; existem Institutos e delegação às centenas de centenas, muitas delas fictícias e outras às dezenas com a mesma morada… … entre tão pouca perspicuidade e muita promiscuidade. A falta de ética política de indivíduos que encheram cargos do Estado, que depois aparecem a trabalhar em empresas privadas tirando retorno dos conhecimentos adquiridos e das benquerenças feitas com outros correligionários aqui e além fronteiras. As zonas francas, paraísos fiscais onde colocam o dinheiro que nos usurparam. Ou este Governo cria Leis sérias na responsabilidade de punir os até agora intocáveis “senadores” da politica ou são piores que o tal individuo e que tais ordinárias criaturas que nos roubaram descaradamente. Tem que existir uma Lei que puna pessoas que exercem cargos públicos e políticos e que nessas funções façam gestão danosa; dolo; peculato, etc. etc. Mas sem os "mas" e os "ses" nas entrelinhas. Este Governo não poderá ter o nosso perdão se não o fizer. Estão-nos a pedir sacrifícios a troco de quê? – De uma república minúscula cheia de vírus e carcinomas malignos! Mudem esta obscenidade toda, senão, serão vocês que vão assentar o rabo no mocho. Eu sou vosso escravo. Não consigo assumir os meus compromissos para pagar pelos erros de um bando de patifes da pior espécie, que se passeiam como nada tivessem feito. Milhões de Portugueses também o são. Tenham juízo que a nossa paciência tem limites.


Jorge Gonçalves