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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

POEMA - Jerusalém.

Dezassete vezes destruída.


Dezoito vezes reconstruída.


Jerusalém.


Para o Cristão: - “ Terra Prometida”


Para o Muçulmano: - “A Sagrada”


Para o Judeu: - “ Cidade da Paz”


Para mim a terra da maior mentira…


Quem o pensaria ou diria!?


Engano, porque o homem não é capaz


De dar as mãos e seguir a mesma estrada


E construir nela caminhos de chegada e partida.


Jerusalém.


Dezassete vezes destruída.


Dezoito vezes reconstruída.


De quantas iniquidades


De quantos lamentos e suspiros de dor


És testemunha?


Terra de oliveiras. Do azeite que imerge


Como as bolhas e espinhos em “segredo”


Terra de mártires. Da profecia do amor


Jerusalém.


Estou a quedar-me num homem sem fé e herege…


Como o que negou três vezes Jesus com “medo”


Diz-me? - Serei um Pedro perplexo sem fulgor!


Ou um homem que perdeu a esperança no “criador”?


Jerusalém.


Jerusalém.


… Cria em mim um “anátema” de bem-querer


Durante o viver - deambular – enquanto a morrer!


Jerusalém.


Jerusalém.


ALBERTO DE CANAVEZES