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sábado, 22 de outubro de 2011

JÁ NÃO EXISTEM HERÓIS... Sou um homem livre, simplesmente.

Não sou nenhum herói, e também não tenho ambições políticas. Creio que o novo quadro administrativo das autarquias locais, vai exigir gente com outras capacidades e olhares mais jovens. E com eles algumas pessoas de bem, solidárias, dadas ao respeito, humildes e com carisma, que conheçam a realidade politica – tipo de uma transição compartilhada. O meu blogue nasceu – por causa de uns matraquilhos – que insinuavam que andava a escrever e a lançar papeis para a rua anonimamente. Quem me conhece vem, sabe que não me revejo nesse tipo de atitudes. Em tudo que fiz na vida dei sempre a cara. Cometi omissões e erros assim como tenho a consciência que fiz muitas coisas boas e úteis para os meus concidadãos. Tiraram – me muita vez o tapete… mas fiz três mandatos como sempre o pretendi como Presidente da Freguesia de Lavegadas. Numa casa que o meu Pai mandou construir e pagou com o dinheiro dele. Calcorreie muita estrada alcatroada e paga, por ele, também… etc. Noutros tempos, noutra “senhora” mas tinha o intuito de servir o povo. O meu Pai fez imenso por este concelho e esse libertino que se pavoneia por toda a parte á nossa custa e a fazer obras com o dinheiro dos nossos impostos ao seu libré arbítrio… e algumas dão no que dão…Enquanto for vivendo “ não deixarei nada por dizer nem por fazer”, recuso – me ter nascido só para morrer. Tenho que a morte é uma circunstância da vida e que lhe dá o raiar da perfeição. Tudo tem um começo e fim.


Deixei de me rever nele no meu último mandato como Presidente da Freguesia de Lavegadas. Confesso que o admirava bastante e que era um dos meus ídolos políticos. Primeiro foi o meu Pai, Francisco de Sá Carneiro – que morreu assassinado – e depois Jaime Soares. Mas a sua impetuosidade de ver tudo que os outros fazem para em prol da comunidade ter a chancela de “protagonismo” …blá…blá…blá: enchi. E fico – me por aqui por agora. Tenho muitas mais razões... Nunca deixei de ser o rosto e voz da minha Freguesia. Tanto que podem, irem, observar as actas da Assembleia Municipal e a minha voz, está lá registada. Nunca fui um sim senhor. Nunca lá entrei mudo e sai calado. Nunca ostentei o facto de ser eleito para ganhar dinheiro. Deixei lá quase todos os meus subsídios. Se alguém tiver duvidas, eu explico com o Inventario da Freguesia. Depois outro factor foi o que ele fez a uma das maiores Individualidades da Historia de Vila Nova de Poiares: - Senhor RUI MANUEL. Foi execrável. Foi um crime político sem adjectivos para o qualificar. Deixou – o cair como quem deixa morrer de fome alguém, que só precisava de uma mão para o sentar na cadeira... Recebia como Deputado na Assembleia da República e vinha buscar o subsídio de autarca que por direito próprio era pertença do Senhor RUI MANUEL. – “Eu cego entregava-lho”... tal era a amizade e respeito que nutria por tão profissional “autarca”.A demissão da senhora Vereadora Teresa Carvalho… … … … … … e por fim um dia ao cair da tarde no seu gabinete, estando a porta fechada á chave… No campo familiar: a “perseguição” que me fez, profissionalmente – não, se esqueçam que é o cartão de militante que prevalece na ocupação dos cargos de nomeação governamental – em vez da competência. Existe um Boletim Municipal que dá ênfase ao começo da historieta. E a manietação dos passos dos meus filhos - na sua coutada – que deveria ser a terra de todos os Poiarenses. Ninguém cá de casa se espelha na propalada “raça poiarense”.


Não nutro raiva nem ódio por ninguém. Quero é equidade e justiça. Quero é sentir – me livre sem estar a ser coscuvilhado pelos seus matraquilhos. Eu amo loucamente a liberdade. Por isso tenho o feitio que tenho! Não sou nenhum herói. Considero – me um fiel depositário de quem é oprimido por este sistema iníquo e fraudulento.


Qualquer dia – tenho a noção disso – que vou ouvir o chilrear dos passarinhos. Ou circular e ter que travar abruptamente… e quiçá cair da mota a baixo. São ossos do ofício.


Agora medo de um “dinossauro com pés de porcelana”!? Esses bichos não existem. São uma metáfora.


Vila Nova de Poiares faz-me lembrar uma montra de uma padaria - cujo padeiro - não abre a porta para vender pão... Estando no passeio dezenas de pessoas famintas. Com o mesmo pensamento: - “… eu partia o vidro para tirar pão para comer, mas tenho medo das consequências…” Até que um mais afoito pega numa pedra e parte o vidro, e saciam a sua fome… Chegando quem de “direito” (?) … pergunta: - “quem partiu o vidro”. Respondem todos: - “ fomos nós, o padeiro não queria abrir a porta ”. Assim é a realidade do seu consultório…

Um homem que não sabe morrer por um ideal é um cobarde. E eu cobarde não sou.

JORGE GONÇALVES