VISITAS

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Capítulo I “Um Paraíso a leste da Pré-história”

De manhã passei no “meu” barbeiro de sempre desde que vim para V.N. Poiares - da forma do costume… (pago depois) … Foi um carecada tipo militar. Uma barrela mesmo. Agora a minha cabeça o mais que pode ser é tipo um aeródromo mas com melhores infra-estruturas que o da Serra do Vidoeiro. Podem aterrar piolhos outros animais dessa espécie mas descolam logo. Não tem porto de abrigo. Antenas suponho que não possuo mas tenho dois radares laterais que sondaram que a coisa está preta para os lados dos alicerces do partido que se pavoneia no poder, desde o período pré-histórico do inicio da democracia. O dinossauro - bicho grande - e os sáurios – bichinhos pequenos – andam numa roda-viva por causa da propalada Candidatura Independente ao Município de Vila Nova de Poiares. Conceituo que no espaço “activo” a “reserva” foi alvitrada a fazer juras de obediência e que no espaço da “congregação” a malta um a um vai ser “algemado” ao seu destino. Ser o beatificador da vontade do senhor… ámen! Mas aqui a coisa pode ser mais difícil do que se julga. Aquele espaço tem muito poder e é mais possessivo que o outro. Pode derruir o espaço “activo”. Como diz o Brasileiro: - “a coisa está feia p’ra chuchu”. Como já não tenho cabelos na frente dos olhos reparei que o Complexo Turístico de São Pedro Dias é um embuste. Existe lá qualquer coisa - um Dólmen - que deu uns artefactos para o Museu de Arganil. O nosso, não passa de uma pinacoteca com acervos de riscos num papel. Ao longe existe uma cerca que pode indiciar algo… mas aí era a antiga lixeira a céu aberto… querendo eu desenvolver mais esta matéria… reparo em qualquer coisa no ar branca ao fundo da Zona Industrial. Exultei de alegria. Temos campo de Golfe. Venho espavorido para ver se realmente era o tal plano… pura ilusão. Era uma senhora que ao sacudir a toalha de uns dos prédios que fazem parede entre a Avenida Manuel Carvalho Coelho e a Zona Industrial que expeliu a chupeta do seu nado juntamente com as migalhas. Estive para discutir com ela. Mas nem tive tempo… o puto começou aos berros. Sacana! Atónito verifiquei que na referida Avenida existem grandes buracos abertos – como me considero esperto e inteligente – deduzi, logo isto é para o dinossauro e os sáurios jogarem golfe. Egoístas só pensam neles. Não faz mal… “onde ir para a cama, descalços”. Com receio de me considerarem um intruso no jogo – se é que estavam a jogar!? Não o sei nem quero saber, fugi exaurido para o “planetário” do CCP - Centro Cultural de Poiares. Mas por tanto correr caí trôpego e desmaiei… mas sonhei. - Que lindo Grupo de Teatro! Ena pá, tantos meninos a ler – mas aqui tive uma insónia – estavam todos a ler o bestseller “ Vila Nova de Poiares / Cem Anos de Historia. Pagina “ 174, “ … Pego num livro, leio as primeiras vinte páginas, leio as últimas, tiro as minhas conclusões…”. Vi o MOREP – Movimento Recreativo de Poiares, com aulas de piano, com atletas na prática de atletismo. E os seus Campeões Nacionais e Internacionais com a medalha de prata do Município ao peito. Porque para mim a prata em V. N. Poiares é mais que platina. Vi dançar a valsa no salão de “festas”. E ainda tive tempo para ver o filme “Palavras Leva – as, o Vento”. “Acordei esfreguei os olhos… mais demagogia. Subi ao “planetário” ainda consegui mudar uma fralda a um passarinho que ia atrás de sua mãe perdido… e com o odor a penetrar - me as narinas – fiquei grogue – e ninguém me pode desmentir eu vi o Monumento aos Bombeiros na ultima rotunda, instalada na Nacional 17. Hei! Ninguém ouse desmentir – me. Iá! Meu... está - se bem! Depois do efeito perdido, virei costas e nem confirmei a coisa. Para quê!? Passei pela Biblioteca um silêncio sepulcral. Às moscas. Como era a descer e a descer “todos os santos ajudam”. Desci e espreitei o Complexo Desportivo… fiquei estarrecido com o volume e intensidade dos seu utilizadores, nas piscinas municipais e do pavilhão Gimnodesportivo, denotava uma ar cristalino e límpido. Não existia cheiro a suor. Abruptamente deparei – me com uma manifestação cujo slogan era: - “Não possuem as medidas oficiais não praticamos desporto”. Estamos a pagar centímetros a menos! Passei ao lado e “bico calado”. No campo de ténis estavam a treinar para o Torneio de Wimbledon: Novak Djokovic; Rafael Nadal; Roger Federer e Andy Murray. Os quatro primeiros do ranking ATP. Como é tão natural a sua presença no Concelho do Pinhal Interior. Ninguém lhes passou cartucho. Espera lá, Pinhal Interior!? Então o Jardim da Raça Poiarense só tem palmeiras? Não me digam que o Kadafi está por ali. Fugiu da Líbia e tem ali o seu harém! Confesso que não o vi. Só se ele agora em vez de turbante usa um chapéu á cowboy!? Com a ribeira betonada, deixei – me ir pelas águas turbulentas da Ribeira de Poiares de caiaque até ao: - bazófias – nome com que a estudantada boémia, trata o Rio Mondego. E para o meu dia acabar em beleza fui dar uns mergulhos na Praia Fluvial de Louredo. Obscuro banho. Como não consigo nadar, debaixo de água com os olhos abertos. Deduzi que tal infra-estrutura já lá esteja. Senão passo por mentiroso.




Digam lá se - sou ou não sou:- lírico? Ou ainda os há piores que eu, no tom pejorativo da palavra!?

Eu de mim mesmo: - Jorge Gonçalves