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sexta-feira, 23 de março de 2012

CONVERSAS AO ESPELHO

Hoje decidi, ter uma conversa comigo mesmo, ponderei aonde seria o sítio perfeito e após uma grande reflexão, encontrei o lugar ideal. Em frente ao espelho, defronte a ele.


Não vivo de deslumbramentos nem arraigado a dogmas pacóvios quem me impeçam de ser eu em mim, no intuito de ao morrer encontrar a terra prometida. Que alguns neste mundo – nomeados – me pretendem outorgar como uma miragem.


Findo, isto, olhei-me ao espelho e não estranhei o meu estado. Nem tive vergonha do que vi. Mas pensei, podias estar melhor. Finquei os olhos no reflexo de mim e eu não me assustei, “de jeito maneiro”. O tempo me dá razão. A vida ma entrega sem rebuços bucólicos, como um subprincípio. Como disse o interminável Fernando Pessoa. “ … Tudo vale a pena quando a alma não é pequena …”. Assim o é. Assim o seja. Perguntei-me, se valia a pena “comprometer” o meu descanso para ir na peugada da “quadra”. Vendo bem de onde vem o meu cisma, nada há a temer. Quem instrumentaliza inocentes para fazer deles, pedras de arremesso. Não me merece indiferença. Venham para cá os jacobinos do sistema e alguns andarilhos de ocasião, com falácias e denodadamente na expressão de estarem muitos solidários comigo, só para destapar o béu dos meus conhecimentos, que de mim levam o sorriso que treinei ao espelho. Hipócritas. Cinicamente deixam cair a desfaçatez e eu apanho a sua insensatez. Eu só falo do que eu quero. Eu só me alimento das minhas fontes. E algumas após saciarem a minha sede secaram.


Um deles está para a quadra o que um burro está para o jardim Zoológico. Não é animal para lá. Mas como se quedou por lá e comensal é alimentado, taxativamente é um da quadra. Posso insinuar que é “a quadratura da argola”. Qual é o problema!


Estou a criar azia? Existem medicamentos e locais próprios para aliviar tais sintomas. Força. Avancem. Aguardo por um antibiótico desses. As consequências são colaterais. Perdido por dois perdido por vinte…


ALBERTO DE CANAVEZES