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quinta-feira, 8 de março de 2012

POEMA - O fóssil arcaico.

A cada pedra


Lançada no meu caminho


Seu papa-formigas…


Manipulador


Terás o meu aplauso.


Não quero que mo digas


Fá-lo, seu bedum arcaico.


Falo de manso…


Meu manso pré-histórico


O teu fóssil é já mosaico.


E o teu fim será meteórico.



Não uses é nenhum dos meus…


Para me atingires.


Tenho dó de ti.


Não o ouses nem o faças


Porque por ti passará


Uma tempestade


Que te partirá


As tuas débeis vidraças.



Estás nas minhas mãos


Como um boi…


Atado a uma corda.


Não me julgues


Não me tentes


Não zurzes mais…


Porque senão


Ouvirás vozes “espirituais”.



Qual é o teu reino no meio dos animais!?


Não orquestres o meu silêncio.


Será pior “a tormenta que o soneto”


Eu levanto-me entre o incenso


E tu entre qualquer teto…



Andas a maquinar


A mendigar…


Que eu não desfrute


Da minha cidadania.


Andas atazanar o cabalo


No burro que és…


Quem diria!


Não te digo:


“Vá chatear a humanidade”


Com um arredar de pés


Dir-te-ei em solidariedade


Vai chatear a tua tia.


ALBERTO DE CANAVEZES