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segunda-feira, 12 de março de 2012

Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” IV

A Sra. Pearl Slaghoople inferniza a paciência ao Fred. Wilma bem tenta colocar água na fervura, mas coisa de pouca monta de pouca dura. A “velhota” sofre de alucinações e de sonambulismo, volta e meia vem ter comigo à cama. Lá tenho que me levantar e ir para a sala, para pernoitar no sofá. Para a despistar do meu “andor” abro a garrafa do odor a cebola... ela quebra-se.


A vida entre aqueles que colocam os dinossauros a partir pedra com a cabeça, é fixe. No segundo ano – os dias aqui contam-se por anos – vi uma coisa assombrosa. O Dino mais o seu fedelho estavam com impulsos de abalroar o único poeta que existe nesta pedreira. Porque tal lírico escreveu umas coisas no seu blogue, onde se destaca o POEMA O LAGAR DO LABREGO. Só que o senhor Pedregulho atento a tal comenda colocou o dino e o seu fedelho a encher. Encher na gíria militar é fazer flexões de braços, aqui não. Aqui é fumar e colocar no cardápio das rubricas: outros. Após acender um maço de cigarros - com acendalhas imemoráveis – o fedelho, começa a dar sinais de fraqueza e a fumegar pelas orelhas. O dino começa a ter assombrações e delírios frios. Ao ver tanto fumo, toca a sirene dos Bombeiros Voluntários de Bedrock. A tanto, fumo pensei, querem ver que aqui também é como lá!? No entanto a coisa desmistificou-se num ápice. Apareceu simplesmente um artilheiro com um saco na mão para abafar tal fumarada. Enfiou o saco na cabeça do fedelho e a fumarada foi asfixiada com enlevo e no enredo de uma rima. Mas a obra-prima da questão foi o dino meter os pés aonde tinha uma demão. Está muito recauchutado… E ver o fedelho espraiado pelo chão sem cadência vascular no coração. E aparece ligeiro e firme o herói da película: o poeta. Acerca-se junto do fedelho… mete-lhe os queixos nos lábios dando um ar da sua graça e bumba. Esvaziava / enchia … sob pressão… e o fedelho dá um “ai” melancólico e pumba. Abre os olhos e “catrapumba”, afeiçoou-se à poesia. O labrego do Dino… não esperou por mais / nada… se até então tinha quebrado pedra com a testa, fez do acto uma enorme festa. Abdicou da cesta e das horas extras e foi ver que do que havia e faltava nada resta. Bicho de um raio, de compulsivo papagaio virou um limitado pangaio…


Já de olhos bem abertos, o fedelho nem queria acreditar, extasiado com o beicinho a tremelicar parecendo a Angelina Jolie… ficou a imaginar que podia virar por aqui e por ali… mas ficou quedo ao repositório do Dino. Ai o que eu me ri!


(Nota: o Comandante dos Bombeiros justificou só a presença de umzinho artilheiro por haver parcos recursos e pouco dinheiro…)


(continua)

ALBERTO DE CANAVEZES