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sexta-feira, 30 de março de 2012

POEMA – Um espécime admirável

Não restam dúvidas nenhumas


Que o ser humano é complexo


Uma obra da sagacidade dos Deuses


Como canta Roberto Carlos na música


Com a letra o “Côncavo e Convexo”


Um brutal animal assexuado e de sexo.



Nos primeiros choros da vida. Uma dádiva


Abrimos os olhos e espantados… ficamos


Miramos tudo com a guloseima… de quem teima


Arribando para o “sorvedouro” do incógnito


Com ares de importante e pouco constantes


Desbarbando. Entres bandos de montanhas e multidões


Inúmeras contradições. Muitas trapalhadas. Infindas ilusões.


Ilimitadas objecções. Algumas embaralhadas. Infinitas razões.




Agora que aqui cheguei e por aqui estou de braços “quase” caídos


Tragam-me um jarro de água vazio para encher de preocupações


O líquido em falta é a seiva da localidade, da nossa cidade, da vida


Empurrem-me para a Amazónia, obriguem-me a não resfolegar …


Soprem que o meu ar é de todos e para todos, mesmo estando, resto na margem além dos atrevidos.


E, eu, um espécime admirável, disputo um ramo perdido da floresta entre ramos perdidos.


ALBERTO DE CANAVEZES