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sábado, 10 de março de 2012

Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” III

Na “média cidade” de Bedrock aonde vivem 2500 habitantes, (1.040.000 A.C.) existe uma ribeira que está emparedada, porque o Dino o animal do casal Fred e Wilma é contra os sapos as rãs e as libelinhas. Ele é o único… A Pedrita, filha do casal é demais é de uma irrequietude sem precedentes. O Barney e a Betty com o seu filho adoptivo Bambam são os vizinhos inseparáveis dos Flinstones. A sogra Pearl Slaghoople… é sogra. “Yabadabadoo”.



Fred é um exímio jogador de, Bowling. Faz parte da Confraria dos Búfalos de Água. O prato comensal de Fred é o Brontossaurobúrguer (ou Brontoburguer) com Cactus-Cola e também Costelas de Brontossauro. O Patrão, Sr. Pedregulho é afável e ao mesmo tempo inopinado…



Esta memória descritiva tem em consideração a idade da pedra. E para mim é trivial, viver aonde vivo efectivamente, ou aqui. Não estranhei nada. Aliás, aqui tudo se torna mais intenso… mais autêntico. Com a particularidade de em cada rua haver um Presidente. Ao princípio deste meu estágio, fazia-me espécie tal prenúncio. Depois inculquei a situação, porque aqui não se fazem caldeiradas com os mesmos, noutras coisas. É um prazer estar num café – ou ir pelo passeio - e ouvir a palavra Presidente a todo o pé de passada: - Sr. Presidente daqui; Sr. Presidente dali; Sr. Presidente acolá… Não há só um, umzinho… Nos altares os santos de pedra são revezados ao ano (não esquecer que aqui o ano é um dia, cá). Existem Madalenas… para todos os gostos. A única coisa que é única é um carrito com aval no fundo. O resto são carros munidos a penantes… Cada rua desfruta, também de um guarda-livros. Volta e meia ouve-se no ar, uma janela a abrir e: - “Hei. Ó guarda – livros, traz cá a casa o volume de matemática do meu filho/a, ele/a, amanhã vai ter essa aula.” E assim, por disciplina adiante… Hei. Calma, não pensem que o tipo não tem parança. As ruas aqui só têm 22 casas. Pronto confesso, o tipo de vez em quando, anda meio inclinado, com a língua de fora e ofegante. Porque o seu ídolo é o porta-voz do “nosso mando”. E ele aqui só o pode copiar efectuando tal gesto, já que nos resto tem neurónios e é muito senhor do seu nariz.



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Voltando à Betty. Não é burra nenhuma, não senhora. Através da universalidade da chanfana, descobriu que era um prato de culinária. E presenteou-me numa ceia, com o dito-cujo. Oferecendo-me como sobremesa, um enorme embaraço. Esticando a perna virada à minha cintura, conseguiu trocar-me os trocos – as moedas – de um bolso para o outro, com um grande rombo na fazenda... O Barney, ainda me procurou, a razão do meu semblante desconchavado. E eu, aflito… com um ar acabrunhado e compadecido, deixei escorrer entre dentes, “vá chatear a humanidade”, recompondo-me logo através de um “acto de constrição”, sabe Barney, a vida não me anda a correr bem e vejo o dinheiro passar de um bolso para o outro, sem apego nem agrado. Num ápice fico teso. Ninguém pode insinuar, que eu menti. Não sou dado a isso. Mas cogitei para comigo, as minhas desconfianças sobre a Betty, estão decifradas… para o nu, verídico e cru. Estou feito.



Mas de quem eu tenho medo é da sogra do Fred, a Sra. Pearl Slaghoople. É velha mas atrevida… E ainda só tenho três anos disto!



(continua)



ALBERTO DE CANAVEZES