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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

POEMA - De uma poesia poetada.

Hoje… deu-me para esmiuçar, o meu coração


Não pelo lado da ciência, sim pela ala afectiva


Foi-me difícil bisbilhotar, tal praxe e ter acção


Sem desmaiar, perder os sentidos e rebolar pelo chão


Refeito e a alentar achei e afastei imagos… e selectiva


A mente repreendeu-me de passar tempo… sem razão


Porque me olvido de desviar o nutrir do amar na altiva


Certeza que gozo dentro de mim nacos de uma oração


Que foram foles de verbos e notas de muita fotografia.


Eu ajuntei Sabouga, desde a Tia Augusta ao Ti Ferreira


Recebi do meu pai ser alma, rosto e voz das Lavegadas


Sofri de cobiças de labregos, e de parca forças penadas


Cantarolei ao desafio na safra do trigo e centeio na eira


Amei desalmadamente – uma Bela – estimei esse amar


Adejei calmamente parar por agora e o coração colocar…


ALBERTO DE CANAVEZES