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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

POEMA - Um amar... o amor... e a sua teimosia!

Hoje,


Ouvi um rumor


No vento:


- “Não choro…


Porque se calhar,


Sou forreta demais


Para desperdiçar lágrimas”


Eu amo como nunca a amei.


Não moro em lugar algum do seu corpo.


“Respiro porque é um acto que não controlo”


“Mantenho-me em cima das pernas


Sem nada fazer para isso.”


Pecados meus. Ternura a minha. Sufoco o nosso!


Como te posso, dar um sorriso!


Tratar-te entre a minha tristeza e agonia


Se sem ti caminho melhor de noite que de dia.


As trevas, do meu pretérito, estão purgadas no presente.


Nelas quero agarrar-me a ti e ter o mérito,


De ser novamente, um homem uma pessoa… gente.


Concluir o nosso caminho juntos… em ruas ternas


Nem que para tal, me redescubra num atalho, numa curva


Cingir-me perdido e ressuscitar absorto… morto.


E por detrás da cruz de Jesus suplicar-te:


- Meu amor não…tenhas medo


Talvez seja a nossa tempestade…


Que no fim de muitas palavras alienadas


Virá um cabimento na vida de bonança


Que depois de tantas tentativas falhadas


Existirá para nós a contrição da esperança.


O amar pode ser uma birra, uma alucinação de teimosia


Não podemos deitar para o lado, um pouco do tudo que vivemos


Um muito do nada que podemos viver. Escuta o meu pranto!


Envolto nas minhas suplicas… Eu, não quero… ser santo.


Quero, é purificar o trilho do nosso fôlego… e andança


E começar tudo… sem nada, numa sombra de encantamento


Aqui e agora. Não no meu nem teu… sim, no nosso momento.


ALBERTO DE CANAVEZES