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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dia 03 antes do natal.

Hoje levantei-me pelas seis horas. Como sempre. Durmo quatro a cinco horas. Chega. Tenho muito tempo para dormir quando morrer. Adoro ler. Amo escrever. E passo um bocadito da noite a dar vida ao Baú da Histrionia.


Lavei a cara, esqueci-me que não tenho dentes, olhei para o espelho no intuito de ver a sua alvura, e apanhei um daqueles sustos, que só consegui fazer o chichi da manhã nos urinóis do local onde trabalho.


Despi o pijama, vesti a fardamenta do trabalho, desci do primeiro andar para o rés-do-chão, calcei-me, ateei a televisão, tratei do pequeno-almoço, assentei-me no meu velho sofá na sala a ver e a ouvir as noticias, comi-o, engolindo “as Gotas”. Tirei o pio ao locutor. Ataviei-me com o kispo, peguei na mota, abri o portão, e coloquei-me a caminho, na minha mota 125. Vi um gato morto espalmado na estrada. Cheguei ao meu local de trabalho. Piquei o ponto. Ascendi o rádio. Liguei o computador. Mudei a marca de dia. Fiz os respectivos rótulos… e fui fazer o tal chichi. Mas de costas para o espelho.


Dia de imenso correio. Demorei para “chuchu” a sequenciar o correio. Saí tarde. Distribuí… no para arranca de sempre… na Ventosa, andei de volta da instalação de dois aparelhos “TDT” e népia. Intenções furadas. Subi a serra vi um grande amigo no Soutelo que já não via a algum tempo. Cinco minutos de conversa. Deu para colocar a prosa em dia. Aquele abraço, querido amigo. Chego ao Carvalho já tarde, no Café Inácio, bebi o café do costume. Para mim o melhor café que se bebe por cá na paróquia. Desdobrei-me pelas ruas da linda Aldeia. Já entrego correio pelo nome da rua e número da porta… Vi a minha amiguinha Margarida. Trocamos uns presentes. Santo Natal para ti e para a tua família. E de regresso para o sopé da serra, parei no Café Inácio outra vez, para beber outra “bica”. Desci a serra, vi uma galinha branca morta na estrada, logo após a recta que dá acesso ao lugar do Soutelo. Percorro o Outeiro do Crasto, Casal das Adegas; Relva de Além e Santa Maria. Abri a caixa dos CTT no edifício sede da Freguesia da Arrifana. Na Ponte de Pedra observo cinco corvos em voo rasante e enérgico… Casa, comigo. Almoço. Entre outras acções, entro no meu local de trabalho. Contas. Jorge na rua.


Um dia belo. Nada de anormal se passou. Regressei a casa. Depois de mudar de farpela. Alapei-me no meu velho sofá a ler um bocadito. A escrever outro tanto. Abri o Baú… de vento em popa. Arrumei umas chatices e uns aborrecimentos, dei uma vista de olhos aqui e outra ali. Ouvi uma gravações verifiquei uns “DVDS” e uns “CDS”. Agasalhei-os, podem me servir de exterioridade até ao final do ano. Aliás são coisas que nunca azedam. Fedem um “cadito”. Estou a ouvir a diva dos pés descalços, Cesária Évora in “Sodade”… Jantei cereais. Sobremesa bolo-rei. Estou a esgrimir os queixos, com umas frutas secas. A coisa vai. Aos meus pés o gato preto, Chico de sua graça. Arribo os olhos vejo um documentário sobre Moçambique. Maputo… Metical a sua moeda. Quanto valerá em euros? O Oceano Indico. A flora e a fauna. Avisto a tromba de um elefante… a Cultura é palmada em Mia Couto, Malangatana e José Craveirinha entre outros… Lurdes Mutola no atletismo, corria muito e bem. Maputo. Gaza. Inhambane. Sofala. Manica. Tete. Zambézia. Nampula. Niassa. Cabo Delgado. As suas dez províncias. É uma nação de costas para o Atlântico, do lado de cá Angola, ambas falam português. Num mundo universal o espaço é pequeno e sempre temos a probabilidade de encontrar uma cara conhecida. Eu por exemplo conheceria o Sr. Mário Esteves Coluna. O grande Capitão Coluna do Glorioso Sport Lisboa e Benfica. A pátria de um dos maiores jogadores do mundo de Futebol de sua graça, Eusébio Ferreira da Silva. O Portal do Governo de Moçambique é simples mas eficiente. Muito com os pés na terra. Nisto a minha filha quer ver a Casa dos Segredos… mas que segredos se nós já quase sabemos tudo! Isso é uma parvalheira. Deixa-me ir para o AXN, canal 61 da Meo. “À vista desarmada” - é o filme que olho de soslaio - denoto que cada vez possuo-o mais dificuldade, em falar a dicção, está muito desconexa e com mais perdigotos desvairados a saírem. Mas nada que pausadamente não prenuncie o que se pretende. Vinte e oito dias são os dias de Fevereiro – no calendário gregoriano - a não ser em anos bissextos (29) foi o “fraudulento” Imperador César Augusto, Imperador de Roma que lhe tirou um dia para anexar a Agosto, em sua homenagem. Espero que a moda não pegue por cá e em Março se coloque mais um “umzinho” dia para disputar com o dia 15, uma homenagem que me passou pela cabeça, que nem ao diabo lembra. Vá de retro Satanás… Fevereiro vem do latim “februarius”, inspirado em Februus, deus da morte e purificação na mitologia etrusca. Uma raça de origem desconhecida… Por falar em raça, é melhor acabar este trecho do texto. Raça faz-me arrepios de coluna e a sua graça fica distante, daquilo que eu penso da cidadania… vou começar agora a frequentar uma rua cujo limite de velocidade é só 30 km por hora… dá-me mais tempo para meditar. No tempo da pré-historia desde o Eolítico; Paleolítico; Mesolítico e Neolítico, para poder enquadrar o após, a Idade dos Metais. Que suponho ser a idade em que o homem começou a comer chanfana de “forquilha e lâmina”… estou a potenciar outra faceta em mim: Historiador.


ALBERTO DE CANAVEZES / JORGE GONÇALVES