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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

POEMA - "Um Homem que prefere morrer de pé"

“Estou abusivamente a abusar de mim…”


A “criar” compulsivamente um triste fim…


A encarar o “cúmulo” e o seu “amestrado”


Feição de sentir que algo já está marcado.


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


O querer importunar a “bruta” humanidade


Segregando da embustice a única verdade.


Não me manjo da retórica nem do passado


Consumo apenas que o futuro está rasgado.


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


Na dignidade de ter no apelido Gonçalves


Espólio de Pai. E Santo. Jesus nos, salves!


Dá-me força. Mais alento ainda, mas alado


De revelar esta oligarquia… do “nomeado”.


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


Quero dormir a levitar na minha cidadania


A ir ao sabor do vento. De noite ou de dia.


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


Olhos nos olhos - olhar e delatar este sistema


Que é deter-se sintonizado na mesma antena…


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


Para entregar ao livre engenho, a preferência


De o povo recuperar a equidade como ciência.


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


- Tudo tem um começo, meio e fim.


“Estou abusivamente a abusar de mim…”


Em cada um de nós existe um dom e fé.


Nada se vive sem acontecer…


Eu teimosamente escolhi ser:


- "Um Homem que prefere morrer de pé"


ALBERTO DE CANAVEZES