VISITAS

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CONSTITUIÇÃO = PROSTITUIÇÃO

Nos tempos que correm é eticamente correcto, que cada político resuma os seus “ganhos” auferidos mensalmente, publicamente, pelos simples factos de serem dinheiro dos nossos impostos. Os subsídios; as subvenções; pensões e outras fontes de amamentação. Exerça ele que cargo for. Temos alguns fazedores de opinião que nos entram pela casa dentro quase todos os dias através da televisão, que papagueiam moralidades e equidades que soam bem aos nossos ouvidos. Só que os emissores que expelem tais sonoridades ganham pelos minutos que proferem tais aleivosias, uns cêntimos valentes. E são amamentados noutras seivas... Depois quando surge lá alguém que contraria a sua argumentação chamam-lhes “populistas” e não dizem que somos matérias “excrementícias” porque o meu – ou melhor dizendo - os nossos ouvidos e olhos podem procurar ouvir e visualizar outras noticias… muitos deles falam de barriga cheia, desconhecendo o Portugal efémero e profundo… Temos umas constituição que está mais prostituída que a maior prostituta do bairro alto de qualquer esquina ou cidade deste país. Para que vale tal porquidão de livro se todos os dias é profanado e violado na sua essência e valor. Existem imensos artigos com os quais não concordo. Os que tem conotação dogmática, os que descrevem o Portugal administrativo, os que nomeiam para qualquer cargo do estado qualquer criatura sem passar por dois terços da Assembleia da República. Os que são apelativos a mordomias a figuras do Estado, para além da equidade social que os portugueses comuns usufruem… as benesses para os partidos para fomentar as suas campanhas politicas e sustentação, creio que uma Assembleia da Republica com oitenta a noventa Deputados chegava, para que servem os Governos Civis… etc. É um livro que quando interessa é evocado, quando não interessa é ausente e quando tem um paragrafo e umas entrelinhas que podem dar algum jeito é decifrado com as teorias dos “ses e “mas”. Para fazerem a Reforma Administrativa dos Estado mediante o que está acordado com a TROIKA é necessário expurgar-lhe artigos e acrescentar outros. Agora que não vivemos na euforia revolucionária mas sim na astenia social e de cidadania reproduzam um livro para ser levado a sério, e com muito menos páginas. Tornem-no consistente para os tempos que decorrem e para nos salvaguardar um futuro condigno. E que seja uma referência de exigência para todos que exercem actos políticos e para aqueles que dele devem saber aonde começa a sua cidadania e acaba a sua profanação social. O símbolo da República deixa muito a desejar… mas a sua essência e génese, faz do homem e da mulher o apelativo aproprio da contemplação e complementaridade da verdadeira justiça, igualdade de oportunidades e exigência de cidadania.


JORGE GONÇALVES