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domingo, 6 de novembro de 2011

POEMA - Aparto de tudo e do nada…

Vou partir para uma nova aventura


Galgar muros e barreiras. Sair daqui.


Irei sem rumo… sem nada que marque o tempo


Do passado quero só manter o nome


E do mais que esqueça, lembro sem censura


Que vivi nos impulsos de instintos… e daí


A causa e a ideia foram um momento


Perdidos na certeza de um pronome!



Quero divorciar – me de tudo que não é meu lugar


Descobrir um beco para parar e poder meditar


Fazer uma auto-critica e sem receio de me julgar


Ceder uma pena a mim mesmo sem nada agitar.




Vou partir para voltar a procurar


A minha paz a minha guerra


Encurtar a distância e recuperar


O meu espaço num pedaço de terra.




Que seja um campo de nada saber e ter cultura


Eliminar o arrebique e a altura. Ficar aí.


Assentar horas e recriar um passatempo


Numa parceria entre os espíritos… sem agnome


Sentir – me cansado e seco de imensa frescura


Sentar-me com vontade de andar… que se decai.


Altear quantas doses a utopia for um contratempo


Perdida na minha birra de fixar-me sem cognome!




Vou partir. Vou sair. Não vou fabular. Não vou abalar.


Partindo. Saindo. Vou estar. Vou ficar … … … … … … …


ALBERTO DE CANAVEZES