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domingo, 20 de novembro de 2011

DONA ADELAIDE. UM ANJO DA GUARDA. UMA MÃE. UMA DADIVA DE ”DEUS” ...

Hoje foi a sepultar uma das pessoas mais ilustres que conheci até aos dias que vou vivendo. A Dona Adelaide. O Anjo da Guarda e Mãe de algumas centenas de alunos que frequentaram a Escola Dr. Daniel Matos. Senhora de uma candura celestial, que tenho duvida se a “lojinha” que fazia de café e mercearia alguma vez deu lucro. Aturou as nossas diatribes com uma temperança que só está ao nível daqueles que fazem de todo o seu corpo um coração imenso. Acredito em algo que me transcende – pode ser DEUS – que ela na terra já era uma sua aliada de mão cheia. A esta hora a Dona Adelaide já conhece o seu reino de fio a pavio. Já está no seu aconchego sem estranhar… Creio que era sua cúmplice em vida na causa da sua obra. Deveria lá ter ido muitas vezes… tal eram os raios de amor e de esmolar que aos mais desfavorecidos debotava.


Fui um dos pioneiros para que os seus “meninos” alunos da Escola Dr. Daniel Matos se unissem para a homenagear em vida num jantar de confraternização, e por várias vicissitudes… da minha vida, não estive presente. Facto, esse causou em mim uma grande mágoa. Hoje foi a sepultar e novamente não estive presente. Soube do seu funeral cerca das dez da manhã de hoje. E também pela fase madrasta... pela qual estou a passar não pude estar presente. É uma agonia imensa. As lágrimas correm na minha face e corroem a minha alma. Mas amanhã vou perante o seu corpo escondido nos torrões da terra, colocar uma rosa. A minha flor preferida. Penso ser a flor que mais semelhanças têm com a vida de cada um. É linda, frágil, fruiu várias colorações e tem também espinhos. Temos como a vida de a saber manusear na medida adequada. Com a qual quero fazer uma reverência à sua admirável e magnânime pessoa. Salve Dona Adelaide! A Senhora faz parte da paz do meu sorriso, da minha vida como a água e merenda que necessito para viver. A Senhora está para a minha geração, que frequentou a Escola Dr. Daniel de Matos como uma epístola de bem-querer. Como uma página sagrada das nossas vidas. Obrigada por me amar como eu fosse também seu filho. Aos meus “irmãos” que perderam tão sublime mãe os meus aplausos de respeito num silêncio que só ela pode ouvir. As minhas mais sentidas condolências.



(As minhas relações com o Município de Vila Nova de Poiares como é do conhecimento geral estão neste momento nos antípodas da sua gestão e organização… Mas numa de boa consonância e paz, por favor considerem doar o seu nome a uma Rua de Vila Nova de Poiares). Vejo nesse acto um acontecimento histórico no qual todos os Poiarenses rejubilarão, e aplaudirão. Seremos um único povo… irmãos no seu exemplo.



JORGE GONÇALVES