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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UM INSOLVENTE EM GREVE.

Hoje fiz greve. E tem como objectivo demonstrar a minha indignação perante o contexto social em que vivemos e a precariedade da nossa cidadania.


Perdi dinheiro. Que tanta falta me faz. Porque estou em insolvência… mas a minha dignidade e liberdade ninguém ma impõe, sou eu que a construo, dentro dos valores que intrinsecamente fazem parte de mim.


Recuso-me a ser escravo de meia dúzia de patifes que levaram este País ao ponto de situação no qual nos encontramos. Enriqueceram de uma maneira escandalosa; compilaram leis para mais tarde injectarem as manigâncias que nos levaram a estes descalabros…etc. E andam por aí, impávidos e serenos como nada tivessem efectuado de danoso. Eu se não cumprir com os meus compromissos que de boa fé assumi, sou deveras penalizado sem apelo mas com “agravo”. O “agrado” é ainda me sonegarem os meus direitos e desvirtuarem as regras do jogo a todo o pé de passada. Pago o que devo com menos dinheiro, como? Mas existem indivíduos com contas à ordem a descoberto em milhares de euros. Não brinquem comigo. Sejam sérios. E ando eu escandalosamente a tentar negociar e limpar o meu nome nas Instituições bancarias e no Banco de Portugal. E só me colocam entraves e engenharias financeiras, que implicam os meus filhos, património e avalistas. A partir de hoje desisto...


Reconheço a liberdade de escolha e de acção. Mas a partir de hoje responsabilizo aqueles que a negligenciaram, quando reclamarem que isto está cada vez pior. É o nosso futuro que está em causa e dos nossos filhos muito em particular. Esses indivíduos que hoje foram trabalhar. A partir de hoje é comer e calar.


JORGE GONÇALVES