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sábado, 12 de novembro de 2011

POEMA - Genérico...

Não serei eu sozinho que mudarei o mundo


Que de espada em punho esgrimirei duelos


Combaterei injustiças, tráfico de influências


Aparelharei o desleixado e arearei o imundo!



Apetece-me declamar todos os nomes de não conato:


- Umzinho; Déspota; Violador; Hirco; Paspalho; Tirano;


Sacana; Estropício; Mentecapto; “Aboizado”; Beltrano;


Carneiro; Esbanjador; Embusteiro; Espantalho; Sicrano;


Batoteiro; “Viagrudo”; Gay; Putanheiro; Demo é: fulano!



Não falo no singular do “és”…


Falo no plural…


Podes acreditar


Juro por todos os santinhos


Até finco os pés.


É… para quem enfiar o carapuço


Até pode ser o chanfanix


Cotejo por guinchos…


- Para quê em ti… essa cara de Urso?


Se os meus heróis são o Asterix mais o Obelix!



Viva a imaginação e a libré manigância


De se dizer uma coisa e julgar diferente


Viva um poeta pequeno com elegância


Que ao lado de um asno se sente gente.



Viva o galanteio de um homem a outro marido


Mas não o de casar e fazer sexo de “beira-mar”


Não vá alguém dizer para não cair ignaro: - “tá dito tá dito!


Porque gosto de me sentir bem… e vem querido


Entre as mulheres de bainha e de as amar...


Porque se for o que exprobro na prima frase estaco: aflito!



Não escrevo para magoar ninguém. Não disparo, uso letras


Tão pouco. Quiçá! Ente soar ou chalacear umzinho genérico


Porque o que quiserem dizer que eu disse são tudo tretas


De um poeta que da prata cria o ouro a estilo e dom patético!


ALBERTO DE CANAVEZES